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Área da cratera do metrô vai virar praça
Local onde sete pessoas morreram no desmoronamento em janeiro receberá área verde de 5.000 metros quadrados
Além da praça, uma central
de ônibus será interligada
ao terminal de trem e à
futura estação Pinheiros, na
zona oeste de São Paulo
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O local onde sete pessoas
morreram no maior acidente
da história do metrô de São
Paulo vai virar uma praça de
5.000 m2.
O projeto do arquiteto Tito
Livio Frascino, vencedor de
um concurso em 2003 para a
revitalização da área do largo
da Batata, em Pinheiros (zona
oeste), foi alterado no mês passado para contemplar a área do
entorno do acidente.
Além da praça, será construído um terminal de ônibus na
rua Capri -a mais atingida pelo acidente- interligado com
as estações de trem e de metrô.
Frascino não concorda que o
projeto contemple "apenas"
um terminal de ônibus. "Não é
bem um terminal. É uma estação intermodal", afirmou o arquiteto. Ele explicou que a praça faz uma "interface entre o
intermodal e o bairro".
O projeto original já abrangia
a área da futura estação Pinheiros do metrô, mas com apenas
um pequeno terminal de ônibus. Esse novo terminal é
maior do que o projetado anteriormente, além de ser integrado com as estações e a praça.
O acidente foi em 12 de janeiro. O local onde ficará a futura
estação Pinheiros da linha 4-amarela (Luz-Vila Sônia) do
metrô afundou. As obras são de
responsabilidade do consórcio
Via Amarela, composto pelas
construtoras Odebrecht, OAS,
Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.
As obras do metrô nessa área
ainda não foram retomadas e a
empresa já anunciou que vai
inaugurar, em 2009, a nova linha sem a estação Pinheiros.
Revitalização
Após o concurso aberto pela
Emurb (Empresa Municipal de
Urbanização) e vencido por
Frascino em 2003, a prefeitura
fez a licitação para contratar a
construtora, mas teve dificuldades em concluir as desapropriações, que ainda hoje estão
parcialmente emperradas.
O custo total da obra, já com a
mudança no projeto, está estimado em R$ 100 milhões, sendo cerca de R$ 30 milhões em
desapropriações.
O dinheiro para a obra virá da
venda de Cepacs, documentos
que dão aos seus detentores o
direito de construir acima do limite permitido pelo Plano Diretor da região.
No momento, a Emurb
aguarda a conclusão do projeto
executivo, o que deve acontecer
em março ou abril. Enquanto
isso, estão sendo demolidos os
imóveis já desapropriados. A
intenção é que as obras comecem até meados de 2008.
Frascino disse que seu projeto integra toda a área, desde a
rua Cunha Gago até a marginal
Pinheiros, onde fica a estação
Pinheiros, passando pela avenida Brigadeiro Faria Lima.
O projeto inclui a construção
de três calçadões em quadras
das ruas Teodoro Sampaio,
Cardeal Arcoverde e Pedro
Cristi, no trecho entre a Faria
Lima e a Cunha Gago. As ruas
Sumidouro e Eugênio de Medeiros serão alargadas.
Também estão previstos
uma praça comercial, cinemas,
um auditório e uma praça cultural na área da antiga Cooperativa Agrícola de Cotia.
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