RICARDO BRANDT
EDITOR DA FOLHA CAMPINAS

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) aprovou ontem a criação de 360 vagas e de três cursos de graduação para 2003 e 2004. A medida foi recebida com protesto por cerca de 80 alunos, que chegaram a quebrar uma porta de vidro da reitoria.
Desde 89, quando as três universidades estaduais paulistas passaram a ter autonomia de gerenciamento de recursos, essa é a primeira grande ampliação de vagas em diversos cursos.
Serão criadas 240 vagas em 16 cursos já existentes a partir de 2003. As outras 120 vagas serão para três cursos que passarão a existir a partir de 2004. Hoje, a Unicamp oferece 2.450 vagas, em 52 cursos de graduação.
Os cursos que estão sendo criados são os de farmácia, com 40 vagas, tecnologia em telecomunicação, com 50 vagas, e midialogia, com 30 vagas. Este último será disciplina de comunicação social, do Instituto de Artes, que desenvolverá estudos sobre mídia.
O aumento das vagas na Unicamp foi possível devido a uma suplementação de verba que está sendo feita pelo governo do Estado e faz parte do programa de expansão do ensino superior público paulista. O programa envolve também a USP (Universidade de São Paulo) e a Unesp (Universidade Estadual de São Paulo).
Ao todo, estarão sendo investidos aproximadamente R$ 62 milhões para esse objetivo nas três universidades estaduais paulistas.
Na Unesp, serão criadas 280 vagas. Na USP, a ampliação será de 520 vagas. Na Unicamp, foram investidos R$ 17,5 milhões para a geração dessas vagas.
A ampliação das vagas é criticada pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes), que realizou um protesto pela manhã, diante da reitoria da Unicamp. Para a entidade, a ampliação de vagas deve vir após o aumento da estrutura de moradia estudantil, de bolsas e do número de professores.


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