|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Trem andou 5 km sem condutor, dizem usuários
Em alta velocidade, composição só parou após concessionária cortar a energia da linha; houve pânico dentro dos vagões
DIANA BRITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE,
NO RIO
Sem maquinista, um trem da
Supervia que seguia de Japeri
(a 63 km do Rio) em direção à
Central do Brasil, centro da capital, disparou em alta velocidade, passou por estações sem
parar e só foi contido após a
empresa cortar a energia, de
acordo com o relato de passageiros e sindicalistas. Houve
pânico dentro dos vagões.
O trem circulou por mais de 5
km entre as estações de Ricardo de Albuquerque e Oswaldo
Cruz, na zona norte do Rio. O
sindicato dos condutores disse
que o maquinista estava fora da
cabine. Segundo passageiros e
o sindicato, o maquinista desceu na estação de Ricardo de
Albuquerque para verificar um
defeito elétrico e, em seguida, o
trem se movimentou sozinho.
Passageiros disseram que o
trem que apresentou problemas não parou na estação de
Deodoro porque estava sem
condutor. Algumas pessoas gritaram na janela de um vagão
que não havia maquinista.
O presidente do Sindicato
dos Ferroviários, Valdir de Lemos, disse que o trem circulou
em velocidade superior a 70
km/h. Ele disse ainda que vai
pedir ao Crea (Conselho Regional de Engenharia) para investigar o motivo do incidente.
"Eu falei com o maquinista
no início da manhã, por volta
das 7h15, e ele afirmou que saiu
da cabine na estação Ricardo de
Albuquerque para verificar um
problema elétrico do transporte. Logo depois, o trem partiu
sozinho. Ou o trem perdeu o ar
do freio, ou disparou sozinho
ou alguém mexeu na cabine."
A concessionária SuperVia
afirmou não haver possibilidade de o trem partir sem condutor devido a uma alavanca que
deve ser acionada, mas admitiu
ter cortado a energia da linha
férrea para conter o trem.
"Este problema, que está sob
apuração, também afetou alguns equipamentos da via férrea, provocando atrasos de 30 a
40 minutos na circulação", afirmou em nota a concessionária.
Segundo a concessionária, algumas pessoas ficaram levemente feridas por causa de tumultos. O reparo ocorreu cerca
de duas horas depois, e a circulação de trens foi normalizada.
A Agetransp (agência reguladora de transportes no Estado)
deu 24 h para a Supervia enviar
relatório sobre o acidente. A
agência vai apurar o caso.
Texto Anterior: Há 50 anos: Lopez Mateos chega hoje ao RJ Próximo Texto: Carnaval no Rio: Blocos criticam prefeitura por divulgar horários Índice
|