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São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 2003

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Entidades colocarão nas ruas 5.000 agentes para colher assinaturas contra taxação do lixo e da iluminação pública

Movimento antitaxas busca 376 mil adesões

DA REPORTAGEM LOCAL

A partir de hoje, cerca de 5.000 agentes de entidades não-governamentais estarão distribuídos pelos bairros da cidade recolhendo assinaturas para um abaixo-assinado. O objetivo é encaminhar ao Legislativo um projeto pedindo a revogação da lei que instituiu a taxa do lixo e da iluminação em São Paulo.
Para isto, os organizadores precisam de 376,5 mil assinaturas, o que corresponde a 5% do total de eleitores da cidade.
Chamada de "Movimento São Paulo contra o aumento de impostos e novas taxas", a iniciativa, lançada ontem, reúne aproximadamente 500 entidades não-governamentais, entre elas o Movimento Defenda São Paulo, a Anjut (Ação Nacional pela Justiça Tributária) e o Fórum de Ação Popular. O movimento conta também com o apoio do vereador Gilberto Natalini (PSDB), da oposição à bancada petista na Câmara Municipal.
"Pretendemos mobilizar a sociedade para mostrar a indignação com este aumento da carga tributária", afirma Lívio Giosa, coordenador da Anjut.

Projetos
Assim que as assinaturas forem recolhidas, o movimento pretende enviar à Câmara dois projetos de lei, um pedindo a revogação da taxa do lixo, que será cobrada pela prefeitura a partir de abril, e outro pedindo o fim da Cosip (Contribuição para Custeio da Iluminação Pública), que deverá ser paga pelos contribuintes a partir do mês de maio.
A Lei Orgânica do Município determina que é preciso a assinatura de 5% dos cerca de 7,5 milhões de eleitores da cidade para um projeto de lei de iniciativa popular ser apresentado. Ainda que comece a tramitar, o projeto precisa do apoio de 28 dos 55 vereadores para ser aprovado.
A mobilização dos paulistanos contra as taxas, especialmente em relação à taxa do lixo, começou logo após a aprovação do projeto, no final do ano passado.
O PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais) é outra entidade que começou a recolher assinaturas para encaminhar à Câmara dos Vereadores uma proposta popular, pedindo a revogação da lei que, entre outras mudanças, instituiu a taxa de lixo.


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