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São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 2003

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CET corta aposentados; sindicato planeja protestos e até greve geral

DA REPORTAGEM LOCAL

A CET de São Paulo demitiu ontem mais de cem aposentados que trabalhavam na empresa.
As demissões fazem parte de um processo de enxugamento da CET, na definição da prefeitura, ou desmonte, na avaliação dos trabalhadores, que se reunirão hoje em frente à Câmara para definir possíveis protestos. Os marronzinhos fazem uma "operação padrão" há duas semanas, evitando aplicar multas, e cogitam deflagrar uma greve nos próximos dias. As mudanças da CET começaram com um programa de demissões voluntárias, que teve a adesão de 170 trabalhadores, e terão continuidade com a transformação da empresa em autarquia (entidade pública com receita e patrimônio próprios).
O governo petista também planeja, segundo a Folha apurou, repassar funções de planejamento e fiscalização do trânsito à Secretaria da Segurança Urbana.
A CET teve em 2003 uma redução próxima de 10% na previsão orçamentária -R$ 182 milhões, contra R$ 202 milhões em 2002. Os gastos previstos são praticamente metade da arrecadação com multas. O Código de Trânsito Brasileiro diz que 95% dessa receita tem que ser destinada exclusivamente ao setor. A gestão Marta alega que as demais secretarias também gastam com trânsito.
O corte na CET já beira 7% do efetivo depois do afastamento dos aposentados e das demissões voluntárias. O Sindviários, que representa a categoria, diz que esse índice pode chegar a 12% -512.
O presidente da CET, Francisco Macena, deverá prestar esclarecimentos hoje aos vereadores, que querem ter detalhes sobre a crise financeira da empresa. "Não há desmonte. Vamos enxugar sem prejudicar os serviços", afirmou Adolfo José Marasti, gerente de orçamentos, custos e contabilidade da CET. (ALENCAR IZIDORO)


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