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CET corta aposentados; sindicato
planeja protestos e até greve geral
DA REPORTAGEM LOCAL
A CET de São Paulo demitiu
ontem mais de cem aposentados
que trabalhavam na empresa.
As demissões fazem parte de
um processo de enxugamento da
CET, na definição da prefeitura,
ou desmonte, na avaliação dos
trabalhadores, que se reunirão
hoje em frente à Câmara para definir possíveis protestos. Os marronzinhos fazem uma "operação
padrão" há duas semanas, evitando aplicar multas, e cogitam deflagrar uma greve nos próximos
dias. As mudanças da CET começaram com um programa de demissões voluntárias, que teve a
adesão de 170 trabalhadores, e terão continuidade com a transformação da empresa em autarquia
(entidade pública com receita e
patrimônio próprios).
O governo petista também planeja, segundo a Folha apurou, repassar funções de planejamento e
fiscalização do trânsito à Secretaria da Segurança Urbana.
A CET teve em 2003 uma redução próxima de 10% na previsão
orçamentária -R$ 182 milhões,
contra R$ 202 milhões em 2002.
Os gastos previstos são praticamente metade da arrecadação
com multas. O Código de Trânsito Brasileiro diz que 95% dessa receita tem que ser destinada exclusivamente ao setor. A gestão Marta alega que as demais secretarias
também gastam com trânsito.
O corte na CET já beira 7% do
efetivo depois do afastamento dos
aposentados e das demissões voluntárias. O Sindviários, que representa a categoria, diz que esse
índice pode chegar a 12% -512.
O presidente da CET, Francisco
Macena, deverá prestar esclarecimentos hoje aos vereadores, que
querem ter detalhes sobre a crise
financeira da empresa. "Não há
desmonte. Vamos enxugar sem
prejudicar os serviços", afirmou
Adolfo José Marasti, gerente de
orçamentos, custos e contabilidade da CET.
(ALENCAR IZIDORO)
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