São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

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Ladrões de banco liberam reféns após uma semana

Em Minas, os quatro homens foram usados como escudo por uma quadrilha de criminosos em um bloqueio da PM

Polícia continua as buscas na zona rural de São Romão; operação envolve 400 homens, helicópteros e cães farejadores

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA

Os quatro homens que eram mantidos reféns por assaltantes de banco em fuga em Minas Gerais foram libertados anteontem, após uma semana em poder dos criminosos.
Todos os reféns estavam em boas condições físicas. Eles foram soltos pelos criminosos por volta das 21h, em estrada vicinal a 2 km da sede de Bonfinópolis de Minas (532 km ao norte de Belo Horizonte), onde chegaram andando.
Segundo a Secretaria da Defesa Social do Estado, os reféns libertados afirmaram, em depoimento, que os cinco assaltantes estão armados com fuzis e metralhadoras, e que alguns já apresentam sinais de desidratação e de esgotamento. Os poucos mantimentos do grupo estavam sendo racionados.
Os reféns disseram ainda que caminharam durante todo o tempo e que eram obrigados a se esconder quando policiais se aproximavam.
Na madrugada de anteontem, quatro pessoas foram presas na região das buscas sob suspeita de estarem no local para tentar facilitar a fuga da quadrilha. A polícia trabalha agora com a hipótese de que uma dessas pessoas seja um assaltante que teria conseguido fugir do cerco policial para buscar reforço.
Os quatro homens libertados anteontem foram feitos reféns no último dia 11, quando a quadrilha roubou dois carros na zona rural de Riachinho (506 km de BH).
Os reféns foram usados como escudo pela quadrilha em um bloqueio da PM. Os assaltantes trocaram tiros com oito policiais e fugiram pela mata. No confronto, um policial foi ferido. A polícia informou inicialmente que eram sete assaltantes em fuga, com três reféns.

Assaltos
A quadrilha é a principal suspeita de ter assaltado, no último dia 6, agências do Banco do Brasil em Riachinho e em São Romão (511 km de BH). Segundo a PM, cerca de R$ 600 mil foram levados das agências.
A polícia mineira continuava ontem as buscas na zona rural de São Romão, em área de 80 km2 de mata fechada do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
A operação envolve 400 policiais -300 militares e cem civis. Helicópteros e cães farejadores são usados no cerco.


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