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Presos em Higienópolis PM e ex-segurança de Alckmin
Suspeita é que os dois pretendiam seqüestrar ou assassinar um publicitário
Ex-sargento fez a segurança da família de Alckmin e o policial da ativa atua na corregedoria; prisão ocorreu no sábado, na rua Piauí
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Investigados pela Corregedoria da Polícia Militar sob suspeita de montar uma tocaia para seqüestrar ou assassinar um
publicitário morador de um
prédio de alto padrão de Higienópolis (região central de São
Paulo), um ex-PM e um policial
da própria corregedoria da corporação foram detidos às 18h
de sábado, em frente a um prédio da rua Piauí, uma das mais
movimentadas do bairro.
Por envolver nomes de publicitários ligados às campanhas
de vários políticos, a prisão dos
dois PMs, por ordem do alto escalão da Secretaria da Segurança, passou a ser investigada pela
corregedoria da PM com o mesmo empenho com que é desenvolvida a apuração para tentar
descobrir quem são os matadores do coronel José Hermínio
Rodrigues, em janeiro.
O ex-sargento da PM preso
sábado em Higienópolis, Edney
Garbim, integrou a equipe de
segurança do ex-governador de
São Paulo Geraldo Alckmin
(PSDB). Ele é reformado pela
PM e, quando na ativa, fez a segurança da família de Alckmin.
O outro PM detido, Vanderlei de Oliveira, para surpresa
dos policiais da corregedoria da
PM paulista que atuam no caso,
trabalha justamente no órgão
corregedor e também deveria
atuar na apuração do assassinato do coronel Rodrigues.
Garbim não quis comentar a
prisão. A reportagem não conseguiu contato com Oliveira.
Os dois foram liberados.
O publicitário que chamou a
polícia no sábado, depois de
desconfiar da "movimentação
suspeita" dos PMs na porta do
prédio onde vive, acredita que
eles estavam ali para cometer
um atentado contra ele, a mando de outro publicitário. Os
dois têm divergências por causa de honorários de uma campanha publicitária feita para
um político há alguns anos.
No carro Santana onde os
PMs presos estavam foram encontradas pistolas automáticas. Uma das armas tinha a documentação vencida.
Quando foram abordados
por PMs da Força Tática da
área central de São Paulo, os
dois PMs disseram que estavam na frente do prédio porque
faziam a segurança de uma empresária moradora do bairro.
Até agora, a versão deles não
foi confirmada pela corregedoria que, entre outras coisas, tem
como atribuição coibir que os
PMs façam segurança privada.
Dentro da corregedoria da
PM, o caso é tratado como investigação de "crime de pistolagem". O caso também será apurado pelo 4º DP (Consolação).
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