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Surpresos com a mudança, lojistas temem desapropriação
DA REPORTAGEM LOCAL
Comerciantes e funcionários
da região da Santa Ifigênia, no
centro, foram pegos de surpresa pela notícia de mudança no
processo de tombamento. Nenhum dos entrevistados pela
reportagem sabia da publicação no "Diário Oficial".
O temor é que a alteração
resulte em processos de desapropriação e consequentes
demissões.
"Se os imóveis forem vendidos ou desapropriados, as lojas
vão fechar, e a gente vai perder
o emprego", afirma Carlos
Roberto Silva, gerente de uma
loja de instrumentos na rua
Santa Ifigênia.
"Não adianta obrigar só a
preservação da fachada. Se puder alterar o interior, vão poder
destruir as lojas e montar um
shopping center no local. O comércio atual será expulso", disse Paulo Garcia, presidente da
associação dos comerciantes da
região.
Passeatas
A organização trava uma longa disputa com a prefeitura
desde o anúncio da Nova Luz.
Fez passeatas no centro e entrou com uma ação na Justiça
para tentar impedir projeto.
"Sou contra a concessão urbanística, e essa ação só vem facilitar as alterações na região
que as concessionárias queiram realizar", completa Garcia.
Subsíndico de um prédio residencial no número 69 na rua
Santa Ifigênia incluído na lista
atual de tombamento, Geraldo
Moreira também criticou a decisão do governo.
"Esse prédio, por exemplo,
está precisando de uma reforma. Mas, além de tombar, a
prefeitura poderia ajudar na
preservação."
(LC)
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