São Paulo, sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

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Surpresos com a mudança, lojistas temem desapropriação

DA REPORTAGEM LOCAL

Comerciantes e funcionários da região da Santa Ifigênia, no centro, foram pegos de surpresa pela notícia de mudança no processo de tombamento. Nenhum dos entrevistados pela reportagem sabia da publicação no "Diário Oficial".
O temor é que a alteração resulte em processos de desapropriação e consequentes demissões.
"Se os imóveis forem vendidos ou desapropriados, as lojas vão fechar, e a gente vai perder o emprego", afirma Carlos Roberto Silva, gerente de uma loja de instrumentos na rua Santa Ifigênia.
"Não adianta obrigar só a preservação da fachada. Se puder alterar o interior, vão poder destruir as lojas e montar um shopping center no local. O comércio atual será expulso", disse Paulo Garcia, presidente da associação dos comerciantes da região.

Passeatas
A organização trava uma longa disputa com a prefeitura desde o anúncio da Nova Luz. Fez passeatas no centro e entrou com uma ação na Justiça para tentar impedir projeto.
"Sou contra a concessão urbanística, e essa ação só vem facilitar as alterações na região que as concessionárias queiram realizar", completa Garcia.
Subsíndico de um prédio residencial no número 69 na rua Santa Ifigênia incluído na lista atual de tombamento, Geraldo Moreira também criticou a decisão do governo.
"Esse prédio, por exemplo, está precisando de uma reforma. Mas, além de tombar, a prefeitura poderia ajudar na preservação." (LC)


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