São Paulo, sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

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"É o Jd. América, não o Pantanal", afirma morador

DA REPORTAGEM LOCAL

Em janeiro, o quadro do artista russo Wassily Kandinsky (1866-1944) pregado na parede da sala do economista Giordano Dominici, 69, morador da rua Cuba, assistiu a uma cena devastadora: os cerca de 30 centímetros de água que invadiram o local deixaram oito tapetes persas boiando, estragaram sofás, cortinas, mesas de centro e o piso de tábua larga e fizeram pifar a televisão de projeção de 60 polegadas.
"Acordei de madrugada e estava tudo alagado. Estamos no Jardim América, não no Pantanal. Ficar sem dormir por medo da chuva é de lascar", argumenta Dominici. Ele diz que seu IPTU subiu de R$ 15 mil, no ano passado, para R$ 25 mil, neste ano.

Prejuízo
O economista avalia que, dentro de sua casa, os prejuízos causados pelas enchentes já tenham chegado a R$ 100 mil. Quatro dos oito tapetes persas tiveram de ir para o lixo. Um deles ainda está na sala, com as partes brancas manchadas de vermelho.
Sua casa fica na área geograficamente mais baixa da via, próxima ao cruzamento da rua Chile.
O economista disse ter ficado surpreso ao ver que a chuva de anteontem quase voltou a causar estragos. "Se chovesse mais dez minutos, a água entraria. Alagamento acontecer em chuvas históricas, é uma coisa. Mas ocorrer a cada vez que chove mais forte, não dá." (MB)


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