São Paulo, sexta-feira, 19 de março de 2010

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Alunos ganham mexilhão na merenda escolar em SC

JEAN-PHILIP STRUCK
DA AGÊNCIA FOLHA

No primeiro teste, a desconfiança de alguns. Mas, segundo a cozinheira Dulcilene Pires, a aceitação do risoto de mexilhão foi melhor que a da ostra, pioneira no cardápio da merenda das escolas municipais de Florianópolis (SC). "Algumas crianças não quiseram comer por não gostarem ou porque não conheciam, mas a maioria aprovou."
O molusco passou a ser servido a alunos de 7 a 15 anos que estudam em tempo integral, mas só uma vez por mês -mais que isso pode elevar o colesterol. Os pais com filhos alérgicos a frutos do mar foram avisados, e seus filhos terão um cardápio alternativo. Mais de 15 mil crianças e adolescentes da rede vão poder apreciar o molusco nos pratos da cantina escolar.
"São ótimas fontes de vitamina B, ferro, fósforo, iodo, cálcio e magnésio", diz Cleusa Silvano, chefe do Departamento de Alimentação Escolar da prefeitura. Também pesaram a valorização da cultura local e o estímulo à economia -o Estado é um dos maiores produtores do país.
Especialistas em nutrição e culinária, no entanto, fazem ressalvas à medida da prefeitura. Para Allan Vila Espejo, chef do restaurante Al Mare, de SP, crianças não gostam de frutos do mar: "95% nem sequer comem peixe, quanto menos frutos do mar", disse.
A vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição, Virgínia Nascimento, concorda com o valor nutricional do molusco, mas alerta. "O risco de contaminação exige cuidado redobrado com limpeza."
A prefeitura diz que não há risco de contaminação, já que o alimento é entregue congelado pouco dias antes de ser servido. A próxima novidade a ser incluída no cardápio das crianças será o filé de cação.


Colaborou GRAZIELLE SCHNEIDER


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