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foco
Alunos ganham mexilhão na merenda escolar em SC
JEAN-PHILIP STRUCK
DA AGÊNCIA FOLHA
No primeiro teste, a desconfiança de alguns. Mas, segundo
a cozinheira Dulcilene Pires, a
aceitação do risoto de mexilhão foi melhor que a da ostra,
pioneira no cardápio da merenda das escolas municipais
de Florianópolis (SC). "Algumas crianças não quiseram comer por não gostarem ou porque não conheciam, mas a
maioria aprovou."
O molusco passou a ser servido a alunos de 7 a 15 anos que
estudam em tempo integral,
mas só uma vez por mês
-mais que isso pode elevar o
colesterol. Os pais com filhos
alérgicos a frutos do mar foram avisados, e seus filhos terão um cardápio alternativo.
Mais de 15 mil crianças e
adolescentes da rede vão poder apreciar o molusco nos
pratos da cantina escolar.
"São ótimas fontes de vitamina B, ferro, fósforo, iodo,
cálcio e magnésio", diz Cleusa
Silvano, chefe do Departamento de Alimentação Escolar da
prefeitura. Também pesaram
a valorização da cultura local e
o estímulo à economia -o Estado é um dos maiores produtores do país.
Especialistas em nutrição e
culinária, no entanto, fazem
ressalvas à medida da prefeitura. Para Allan Vila Espejo, chef
do restaurante Al Mare, de SP,
crianças não gostam de frutos
do mar: "95% nem sequer comem peixe, quanto menos frutos do mar", disse.
A vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição,
Virgínia Nascimento, concorda com o valor nutricional do
molusco, mas alerta. "O risco
de contaminação exige cuidado redobrado com limpeza."
A prefeitura diz que não há
risco de contaminação, já que
o alimento é entregue congelado pouco dias antes de ser servido. A próxima novidade a ser
incluída no cardápio das crianças será o filé de cação.
Colaborou GRAZIELLE SCHNEIDER
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