São Paulo, sábado, 19 de março de 2011

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Com procura baixa, vagas são "remanejadas"

DE SÃO PAULO

Ao ser criada, em 2005, a EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades) foi apresentada pelo então reitor, Adolpho José Melfi, como "ponto inicial para a inclusão social" na USP.
Seis anos depois, o próprio Melfi capitaneou o grupo de trabalho designado pelo diretor da EACH para estudar o "remanejamento de vagas".
Na prática, o grupo propõe um enxugamento, de modo a elevar a relação candidato-vaga no vestibular, "já que a procura por alguns dos cursos da EACH é bastante reduzida", segundo texto oficial.
O texto defende reduzir vagas para elevar "a qualidade dos ingressantes".
O curso de licenciatura de ciências da natureza, no vestibular de 2010, teve apenas 1,71 candidato disputando cada vaga.
Em 2011, a média -baixíssima para os padrões da USP- passou para 2,31, ainda ínfima.
O curso nem sequer conseguiu preencher as 120 vagas oferecidas.
No ano de 2010, o curso funcionou com apenas 20 alunos no período da manhã e 40 no noturno.
Em vez das 1.020 vagas em disputa a cada vestibular, a EACH passaria, segundo o grupo de trabalho, a oferecer só 700.
A proposta mais radical seria exatamente a que envolve o curso de obstetrícia, que seria absorvido pela Escola de Enfermagem da universidade.
Segundo a reitoria da USP, o estudo sobre a EACH não tem caráter deliberativo. Para começar a valer, a proposta deverá passar antes pelos colegiados da universidade. (LC)


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