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Caso derruba comerciais por 3 h na Globo
DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA
O caso Isabella derrubou ontem um dos pilares
da política de qualidade da
Globo: o respeito aos intervalos comerciais.
Para transmitir o deslocamento de Alexandre
Nardoni e Anna Carolina
Jatobá, pai e madrasta da
menina, até uma delegacia, a Globo jogou fora na
Grande SP toda a sua programação infantil e exibiu
um "SP TV" "especial"
com três horas e 16 minutos de duração.
A emissora derrubou todos os intervalos comerciais das 9h30 às 12h31. Na
sexta anterior, a "TV Globinho" (programação infantil) teve três intervalos.
A Globo argumenta que
o corte da "TV Globinho"
se justifica porque foi "um
dia jornalisticamente relevante". A emissora avaliou
que o caso Isabella seria
esclarecido ontem.
A Globo informa que os
anúncios da "TV Globinho", por serem segmentados, não entraram no
"SP TV". Os anunciantes
serão compensados.
Não é reação
A emissora nega que a
transmissão de mais de
três horas ininterruptas
de um caso policial seja
reação às recentes derrotas para a Record, no mesmo horário. A opção por
Isabella deu certo: o longo
"SP TV" marcou 13 pontos, contra 9 da Record, segundo dados preliminares.
Com a suspensão da "TV
Globinho", a Globo igualou o caso Isabella a coberturas de alta relevância,
como o 11 de Setembro, os
ataques do PCC (2006) e a
visita do papa (2007).
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