São Paulo, sábado, 19 de abril de 2008

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Prior beneditino diz que situação mais crítica é da capela

DA REDAÇÃO

À direita do altar, a capela do Santíssimo, no mosteiro de São Bento, é considerada, segundo dom João Evangelista Kovas, vice-superior do local (prior), e Nilva Calixto, restauradora, um dos locais mais críticos a serem restaurados.
No chão de ladrilhos, uma rachadura enorme, de mais de um metro. Na parede, o produto para fixar a pintura utilizado há quase cem anos esfumaçou as cores, fazendo com que pareça que há uma camada de giz branco sobre a tinta. Nas folhas de ouro do teto, o fixador escureceu o dourado, tirando o brilho do trabalho. Além disso, há descascados por todos os lados, até no parapeito da janela.
"Ali é ruim porque não tem ventilação nenhuma, então, todos os problemas se acentuam", afirma Nilva.
Segundo ela, que trabalhou no restauro de cerca de 40 imagens de santos e outros objetos quando o papa Bento 16 se hospedou no mosteiro, no ano passado, algumas fissuras nas paredes são resultado da construção da linha Azul do metrô, inaugurada nos anos 70.
Como ocorreu em três imagens que ela restaurou para a chegada do papa, quando Nilva encontrou uma pintura diferente da original, ela espera encontrar outras cores ao trabalhar em algumas paredes. "Com as rachaduras do metrô, vinha alguém e dava uma mão de tinta para disfarçar, então, devo achar algumas novidades nessa restauração", afirmou ela. (LAS)


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