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Prior beneditino diz que situação mais crítica é da capela
DA REDAÇÃO
À direita do altar, a capela do
Santíssimo, no mosteiro de São
Bento, é considerada, segundo
dom João Evangelista Kovas,
vice-superior do local (prior), e
Nilva Calixto, restauradora, um
dos locais mais críticos a serem
restaurados.
No chão de ladrilhos, uma rachadura enorme, de mais de
um metro. Na parede, o produto para fixar a pintura utilizado
há quase cem anos esfumaçou
as cores, fazendo com que pareça que há uma camada de giz
branco sobre a tinta. Nas folhas
de ouro do teto, o fixador escureceu o dourado, tirando o brilho do trabalho. Além disso, há
descascados por todos os lados,
até no parapeito da janela.
"Ali é ruim porque não tem
ventilação nenhuma, então, todos os problemas se acentuam", afirma Nilva.
Segundo ela, que trabalhou
no restauro de cerca de 40 imagens de santos e outros objetos
quando o papa Bento 16 se hospedou no mosteiro, no ano passado, algumas fissuras nas paredes são resultado da construção da linha Azul do metrô,
inaugurada nos anos 70.
Como ocorreu em três imagens que ela restaurou para a
chegada do papa, quando Nilva
encontrou uma pintura diferente da original, ela espera encontrar outras cores ao trabalhar em algumas paredes.
"Com as rachaduras do metrô,
vinha alguém e dava uma mão
de tinta para disfarçar, então,
devo achar algumas novidades
nessa restauração", afirmou
ela.
(LAS)
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