São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 2006

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CONTRA-ATAQUE

Para tucano, confronto foi atitude correta

No Pará, Alckmin diz que polícia e governo de SP não vão retroceder

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

Ao desembarcar na noite de ontem em Belém, o pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse que a polícia de São Paulo agiu corretamente ao matar "mais de 90 criminosos" em situações de confronto.
Para o ex-governador, só há uma maneira de impedir os ataques: o enfrentamento. "Foi isso que o governo de São Paulo fez. Nos últimos cinco dias foram encarceradas mais de 138 pessoas, mais de 90 criminosos [foram] mortos nos embates com a polícia. E a polícia de SP é competente e o governo não retrocede nem um milímetro."
Acompanhado do governador do Pará, Simão Jatene, e do ex-governador Almir Gabriel, ambos do PSDB, o tucano disse também que a culpa pelos ataques do PCC em São Paulo "é do crime", mas ressaltou que a segurança pública é uma "questão do Brasil e não deve ser partidarizada".
Aproveitou para responder indiretamente ao ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), que anteontem responsabilizou as autoridades de SP pela onda de violência.
"É muito mesquinho, muito pequeno, querer tirar casquinha política em cima de uma tragédia, nós [o PSDB] não faremos isso." Indagado sobre se respondia ao ministro, foi enfático: "Não vou nem responder, o Tasso Jereissati [senador cearense pelo PSDB] já respondeu a ele".
Alckmin disse que a sua primeira atitude, se for eleito presidente, será descontingenciar os recursos dos fundos penitenciário e de segurança e reforçar a vigilância na fronteira.
"Este governo [do presidente Lula] não cumpre acordos, e política é acordo. Vou descontingenciar as verbas para combater com firmeza a criminalidade no Brasil", disse o ex-governador.

Mais críticas
Ao falar sobre liberação dos recursos, Alckmin voltou a criticar o governo Lula.
"O principal problema [do Brasil] é o tráfico de armas, e essa é uma tarefa federal, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que é atribuição federal. Hoje tem dinheiro na mala, dinheiro na cueca, dinheiro onde quiser."
Para o ex-governador de São Paulo, todos os partidos devem combater a criminalidade. "O governo federal precisa liderar o combate à criminalidade."


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