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CONTRA-ATAQUE
Para tucano, confronto foi atitude correta
No Pará, Alckmin diz que polícia e governo de SP não vão retroceder
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Ao desembarcar na noite de ontem em Belém, o pré-candidato
do PSDB à Presidência, Geraldo
Alckmin, disse que a polícia de
São Paulo agiu corretamente ao
matar "mais de 90 criminosos"
em situações de confronto.
Para o ex-governador, só há
uma maneira de impedir os ataques: o enfrentamento. "Foi isso
que o governo de São Paulo fez.
Nos últimos cinco dias foram encarceradas mais de 138 pessoas,
mais de 90 criminosos [foram]
mortos nos embates com a polícia. E a polícia de SP é competente
e o governo não retrocede nem
um milímetro."
Acompanhado do governador
do Pará, Simão Jatene, e do ex-governador Almir Gabriel, ambos
do PSDB, o tucano disse também
que a culpa pelos ataques do PCC
em São Paulo "é do crime", mas
ressaltou que a segurança pública
é uma "questão do Brasil e não
deve ser partidarizada".
Aproveitou para responder indiretamente ao ministro Tarso
Genro (Relações Institucionais),
que anteontem responsabilizou
as autoridades de SP pela onda de
violência.
"É muito mesquinho, muito pequeno, querer tirar casquinha política em cima de uma tragédia,
nós [o PSDB] não faremos isso."
Indagado sobre se respondia ao
ministro, foi enfático: "Não vou
nem responder, o Tasso Jereissati
[senador cearense pelo PSDB] já
respondeu a ele".
Alckmin disse que a sua primeira atitude, se for eleito presidente,
será descontingenciar os recursos
dos fundos penitenciário e de segurança e reforçar a vigilância na
fronteira.
"Este governo [do presidente
Lula] não cumpre acordos, e política é acordo. Vou descontingenciar as verbas para combater com
firmeza a criminalidade no Brasil", disse o ex-governador.
Mais críticas
Ao falar sobre liberação dos recursos, Alckmin voltou a criticar
o governo Lula.
"O principal problema [do Brasil] é o tráfico de armas, e essa é
uma tarefa federal, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que é
atribuição federal. Hoje tem dinheiro na mala, dinheiro na cueca, dinheiro onde quiser."
Para o ex-governador de São
Paulo, todos os partidos devem
combater a criminalidade. "O governo federal precisa liderar o
combate à criminalidade."
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