COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O secretário da Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, voltou a afirmar ontem que a situação em São Paulo está sob controle. O secretário disse ainda que passou a mesma tensão que qualquer cidadão da cidade e que não ficou satisfeito com o resultado da ação policial contra os ataques atribuídos ao PCC.
"Eu não estou satisfeito com o fato em si, nem como ser humano, muito menos como cidadão, pai de família. Eu passei a mesma tensão que qualquer cidadão de São Paulo", afirmou ontem ao programa SPTV, da Rede Globo.
Para o secretário, os ataques no Estado são "fato isolado".
Segundo Abreu Filho, a onda de violência se agravou porque houve "aproveitadores" e "gente aceitando dinheiro pra botar fogo em ônibus".

Aviso
O secretário afirmou que a polícia sabia dos ataques e estava preparada para eles.
"Todo mundo foi avisado, estavam sabendo", afirmou o secretário. No entanto, segundo ele, faltou à polícia dar crédito a informação. "Nós avisamos a todos e muita gente não acreditou."
Sobre a segunda-feira de caos na capital, o secretário declarou que "houve muitos alarmes falsos" que causaram uma situação de "histeria, o que é natural". "A lógica cartesiana é: "Se até a polícia está sendo morta quanto mais eu". E aí houve trotes, houve alunos saindo de escolas, teve morte."
O secretário afirmou que forma de atuação de emissoras de televisão no caso foi responsável pelo alarde da população de São Paulo.
"Emissoras grandes, nacionais, de televisão, colocaram no ar cenas que eram das 5h da manhã às 15h. Você imagine uma mãe assistindo àquilo... Teve gente que disse que havia estourado bomba em duas estações do Metrô. São quase 3 milhões de pessoas andando de metrô ouvindo aquilo. Coloque-se ao meio-dia tendo essas notícias", declarou o secretário.
Abreu Filho disse ainda que hoje o sinal dos celulares estarão bloqueados em seis penitenciárias do Estado atendendo à decisão da Justiça. "O compromisso é começar às 10h, de forma que você corte essas comunicações. Isso vai facilitar a ação da polícia."


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