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Permanência de crucifixo nos tribunais brasileiros
já foi motivo de polêmica
DA REPORTAGEM LOCAL
Instalado na maioria dos
tribunais, dos de primeira
instância ao Supremo Tribunal Federal, o crucifixo, que
simboliza os últimos momentos de Jesus na cruz, dividiu juízes em todo o país.
Os defensores da idéia de
que o adorno deveria ser retirado dos tribunais argumentavam que o Estado brasileiro é laico e que a presença do crucifixo causaria
constrangimento aos que
não professam o catolicismo
ou qualquer outra religião de
fundamento cristão.
Já os que defendem a presença sustentavam que a ostentação do crucifixo está
em consonância com a fé da
grande maioria da população
e que não há registro de
usuário da Justiça que diga
ter sido constrangido pela
presença do símbolo religioso em uma sala de audiência.
Por fim, o Conselho Nacional de Justiça rejeitou o
pedido de proibição de crucifixos nas dependências de
tribunais. A maioria dos conselheiros disse que a tradição não fere a laicidade do
Estado. O pedido de retirada
havia sido feito em nome da
ONG Brasil para Todos.
Juízes católicos
Além das associações de
juízes espíritas, existe no
Brasil outras associações de
juristas católicos.
O objetivo da União Paulista de Juristas Católicos,
segundo o grupo, é "estudar
as questões jurídicas à luz de
ensinamentos cristãos".
Fundada em 1994 por sugestão da "Union Internationale des Juristes Catholiques", de Roma, a União dos
Juristas Católicos do Rio de
Janeiro diz ter por finalidade
"contribuir para a presença
da ética católica na ciência
jurídica e na atividade judiciária" brasileira.
Entre os diversos grupos
de trabalho, estão os que
condenam a pena de morte,
a adoção por casais homossexuais, a eutanásia e defendem o ensino religioso.
(VQG)
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