São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2010 |
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Prédio do Cine Marrocos vai abrigar órgão da prefeitura Governo municipal vai desapropriar e reformar imóvel no centro da cidade Hoje fechado, cinema teve o seu apogeu nos anos 1950, quando foi considerado o mais luxuoso do continente e abrigou festival internacional
EVANDRO SPINELLI DA REPORTAGEM LOCAL O prédio que abrigou o antigo Cine Marrocos, um dos cinemas que marcaram época na região central de São Paulo e que hoje está fechado, vai ser desapropriado pela prefeitura para abrigar a Secretaria Municipal de Educação. O prédio foi construído na década de 1940 -o cinema foi inaugurado em 1952. A sala de exibição, com capacidade para 1.870 pessoas, foi desativada em 1972. De tão elegante -era tido como o cinema mais luxuoso da América do Sul-, foi escolhido para sediar em 1954 o Festival Internacional de Cinema realizado em homenagem ao quarto centenário da cidade. O projeto de reforma elaborado pelo governo municipal prevê a manutenção da sala de cinema, que pode até ser reativada em eventos das secretarias de Educação e de Cultura. O hall, com uma fonte luminosa e um bar famoso da década de 1950, é tombado pelo patrimônio histórico e será restaurado e preservado. Com sete andares e duas sobrelojas, o prédio será reformado para abrigar os cerca de 900 funcionários da parte administrativa da Secretaria de Educação. Os custos da desapropriação e da reforma ainda não foram calculados pelo governo. Hoje, a secretaria ocupa quatro prédios -dois na Vila Mariana, um na avenida Angélica e outro na rua Libero Badaró. O grupo Savoy, dono dos shoppings Aricanduva e Interlagos, é o proprietário do prédio, que fica na rua Conselheiro Crispiniano, próximo ao Teatro Municipal. A Folha não conseguiu contato com a empresa ontem à noite. O decreto que declara o imóvel de utilidade pública -primeiro passo para a desapropriação- deve ser assinado nos próximos dias pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM). A expectativa ontem à tarde era que ele fosse publicado hoje no "Diário Oficial" da Cidade, mas, de acordo com o gabinete do prefeito, ainda não foram concluídos os estudos para a desapropriação do imóvel. Texto Anterior: Artigo: Família e escola estão em fogo cruzado Próximo Texto: Outro projeto: Cultura queria criar um cinema municipal no local Índice |
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