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ADMINISTRAÇÃO
Texto ainda vai passar por 2ª votação
Câmara aprova projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2003
MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara Municipal de São
Paulo aprovou ontem, em primeira votação, o projeto do Executivo que fixa a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) da prefeitura para 2003. A lei serve como
base para a elaboração do próximo Orçamento. A bancada do
PSDB foi a única que se manifestou contrária à proposta.
O projeto prevê um aumento de
7,15% nas receitas tributárias, que
incluem principalmente taxas e
impostos. Mas, apesar disso, a expectativa é que o Orçamento de
2003 tenha uma elevação de
0,95% em comparação com os R$
10,3 bilhões que a prefeitura espera arrecadar neste ano.
A justificativa para o baixo crescimento está na provável redução
de 33,2% que o item receitas de
capital -que incluem operações
de crédito- deve sofrer.
Segundo a Secretaria das Finanças, o aumento da arrecadação
deve ser puxado pela elevação de
11,3% no ISS (Imposto sobre Serviços), que tende a ter um crescimento acima do da economia.
Após a aprovação em primeira
votação, a Câmara deve esperar
duas sessões ordinárias para que
sejam apresentadas emendas.
Depois disso, o projeto passará
por uma segunda votação, que
deve ocorrer na próxima terça-feira. Enquanto a lei não for aprovada, a Câmara não poderá entrar
em recesso parlamentar.
Cortes
A decisão da Mesa Diretora de
promover medidas imediatas para corrigir irregularidades apontadas no relatório da FGV (Fundação Getúlio Vargas) na folha de
pagamentos da Câmara deve gerar uma batalha jurídica na Casa.
Os funcionários da Câmara pretendem brigar na Justiça para garantir a manutenção de cargos e o
pagamento de gratificações.
"Vamos defender a tese de que
temos direito adquirido", disse a
presidente da Associação dos
Funcionários da Câmara, Vera
Nice Ribeiro.
Entre as irregularidades estão o
pagamento de gratificações ilegais, salários acima do valor de
mercado e excesso de funcionários para as mesmas atividades.
Para corrigir os problemas, a
FGV propôs redução de, pelo menos, 20% das despesas com cargos em comissão e de confiança,
exoneração de funcionários não-estáveis e instituição de uma plano de demissão voluntária.
A reforma encontra resistência
entre os próprios vereadores. "É
preciso debater muitas questões.
Acredito que, da forma como
propõe o relatório, a reforma não
será aprovado pelo plenário", disse Domingos Dissei (PFL).
Segundo Wadih Mutran (PPB),
os vereadores não estão querendo
fazer acordos no que diz respeito
a cortes de verba dos gabinetes e
terceirização de serviços. "Desde
o início, soubemos que seria uma
guerra, mas sinto que há muitos
funcionários que querem a reforma", disse José Eduardo Cardozo
(PT), presidente da Câmara.
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