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TRANSPORTE
Programa completa um mês; ajuda a viações cresce, segundo a prefeitura, devido a aumento de isenção a idosos
57% já usam bilhete único; subsídio é incerto
DA REPORTAGEM LOCAL
O bilhete único, programa da
prefeitura que permite ao paulistano fazer várias viagens de ônibus num intervalo de duas horas
pagando apenas uma passagem,
obteve a adesão de 1,7 milhão dos
3 milhões de usuários (57%) no
seu primeiro mês. O objetivo é
chegar a 90% até o final de agosto.
Por outro lado, ainda não está
claro se a gestão Marta Suplicy
(PT) terá de elevar os subsídios às
empresas de ônibus. Desde maio,
quando o bilhete começou a valer,
as subvenções subiram de R$ 17
milhões mensais para R$ 22,4 milhões. Como essa verba têm o objetivo de bancar gratuidade para
idosos e desconto para estudantes, a prefeitura atribui o aumento
à alta do número de beneficiados,
não ao bilhete. Além disso, em janeiro não houve repasse, e o valor
está sendo ajustado.
A discussão sobre o aumento ou
não dos subsídios se dá porque o
número total de viagens permanece o mesmo, mas as pessoas
agora podem pagar por apenas
uma, de R$ 1,70. Com o bilhete
único, o morador da periferia que
tomava dois ônibus para ir trabalhar continua fazendo isso, mas
agora paga só uma vez. Por esse
raciocínio, a receita das empresas
tenderia a cair.
No entanto o secretário municipal dos Transportes, Gerson Bittencourt, destaca quatro pontos
para argumentar que a implementação do bilhete único não
causará aumento dos subsídios.
1. Com o bilhete eletrônico, caiu
a evasão de dinheiro, que ficava
em torno de 10%. Passes eram
reutilizados ou desviados, o que
não ocorre com o bilhete, monitorado eletronicamente;
2. A reestruturação de linhas feita em 2003, com a extinção de algumas e o fim de sobreposições,
acabou com a competição predatória entre empresas;
3. Corredores (ou Passa-Rápido) e ônibus novos diminuem os
custos com manutenção em até
90% (de R$ 2.000 para R$ 200);
4. A possibilidade de várias viagens pelo preço de uma passagem
atrai usuários dos clandestinos e
de outros sistemas, como a integração metrô-ônibus (R$ 3,15).
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