São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 2006

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Brasileira nega integrar rede de prostituição nos Estados Unidos

Polícia diz que Cláudia de Castro trabalhava com capixaba que está presa

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK

A carioca Cláudia de Castro, 27, negou ontem à Folha integrar uma suposta rede de prostituição de luxo em Manhattan.
Presa na última quarta-feira no que, segundo a polícia e a promotoria americanas, seria um bordel de alto padrão dirigido por outra brasileira, Andréia Dias Schwartz, Castro foi solta mediante pagamento de fiança de US$ 1.000 (R$ 2.250). Ela responde ao processo em liberdade e tem uma nova audiência com a Justiça no próximo dia 29.
"Vim aos EUA para trabalhar e melhorar de vida", diz.
Sem revelar como se sustenta em Nova York, Castro diz estar há um ano na cidade. Ilegalmente, de acordo com a polícia. Ela tem visto de turista, que dá direito à permanência de três meses no país.
Castro diz que foi ao apartamento de Andréia para buscar dinheiro e roupas e levar à colega no presídio.
"O policiais me abordaram e queriam que eu confessasse [a prática da prostituição, crime nos EUA]", declarou.
A promotoria diz ter gravado uma negociação da carioca com policiais disfarçados. Ela teria cobrado US$ 800 (R$ 1.944) em troca de uma hora de sexo. Metade do valor iria para Schwartz. Ambas negam a versão da polícia.
Andréia Schwartz foi presa há cerca de duas semanas em Manhattan, sem direito a fiança, sob acusação de manter uma rede de prostituição de luxo, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
"Meus pais não estão sabendo. Conversei por alto com eles", conta Castro. A carioca afirmou estar vivendo sob pressão e pediu para interromper a entrevista.
"Estou muito frustrada. Não estou com cabeça", concluiu a carioca.


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