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Teto do Masp tem placas de alumínio quebradas,
e museu culpa pássaros
Marlene Bergamo/Folha Imagem
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Teto do Masp, com placas de alumínio soltas ou quebradas; museu afirma que problema não causa infiltrações nem goteiras |
MARLENE BERGAMO
REPÓRTER-FOTOGRÁFICA
DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL
Dono de uma coleção poderosa de arte italiana, com
obras de nomes como Rafael,
Tintoretto e Modigliani, o
Masp (Museu de Arte de São
Paulo) ganhou um toque de
"arte povera" em seu próprio
telhado.
Assim como na "arte pobre" da Itália, que com freqüência utiliza elementos de
ferro-velho, o teto do museu
tem contornos de sucata, com
placas de alumínio soltas e
outras tantas partidas em pedacinhos, como mostra a foto
aérea feita pela Folha.
O Masp, por meio de sua
assessoria de imprensa, diz
que a situação não é grave: as
falhas do telhado, informou o
museu, não causam infiltrações, goteiras ou qualquer
outro tipo de problema.
Abaixo das chapas de alumínio há uma manta asfáltica
e uma camada isolante feita
de isopor.
A instituição diz que os vilões do destelhamento são os
pássaros do parque Trianon,
em frente ao prédio, na área
central da avenida Paulista.
Segundo os técnicos do
Masp, as aves, especialmente
maritacas, ajudam a remover
as placas -que já estão soltas
pelas chuvas mais fortes-
para construir seus ninhos.
Segundo a assessoria de
imprensa, o destelhamento
não é novidade: acontece
com freqüência e os reparos
são feitos periodicamente pela sua própria equipe de manutenção.
Nas sete últimas fotos aéreas que focalizam o local publicadas pela Folha, entre os
anos de 1997 e 2005, o telhado aparece intacto, sem nenhuma ruptura aparente.
Aperto
Celebrando neste ano seu
60º aniversário, o Masp passa
por crise financeira, com dívida perto dos R$ 10 milhões.
Nos últimos meses, o museu teve seu nome incluído na
lista dos devedores do INSS
(Instituto Nacional do Seguro
Social) e, em razão da falta de
pagamento, teve cortadas a
energia elétrica e duas linhas
telefônicas.
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