São Paulo, terça-feira, 19 de junho de 2007

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Teto do Masp tem placas de alumínio quebradas, e museu culpa pássaros

Marlene Bergamo/Folha Imagem
Teto do Masp, com placas de alumínio soltas ou quebradas; museu afirma que problema não causa infiltrações nem goteiras


MARLENE BERGAMO
REPÓRTER-FOTOGRÁFICA

DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Dono de uma coleção poderosa de arte italiana, com obras de nomes como Rafael, Tintoretto e Modigliani, o Masp (Museu de Arte de São Paulo) ganhou um toque de "arte povera" em seu próprio telhado.
Assim como na "arte pobre" da Itália, que com freqüência utiliza elementos de ferro-velho, o teto do museu tem contornos de sucata, com placas de alumínio soltas e outras tantas partidas em pedacinhos, como mostra a foto aérea feita pela Folha.
O Masp, por meio de sua assessoria de imprensa, diz que a situação não é grave: as falhas do telhado, informou o museu, não causam infiltrações, goteiras ou qualquer outro tipo de problema.
Abaixo das chapas de alumínio há uma manta asfáltica e uma camada isolante feita de isopor.
A instituição diz que os vilões do destelhamento são os pássaros do parque Trianon, em frente ao prédio, na área central da avenida Paulista.
Segundo os técnicos do Masp, as aves, especialmente maritacas, ajudam a remover as placas -que já estão soltas pelas chuvas mais fortes- para construir seus ninhos.
Segundo a assessoria de imprensa, o destelhamento não é novidade: acontece com freqüência e os reparos são feitos periodicamente pela sua própria equipe de manutenção.
Nas sete últimas fotos aéreas que focalizam o local publicadas pela Folha, entre os anos de 1997 e 2005, o telhado aparece intacto, sem nenhuma ruptura aparente.

Aperto
Celebrando neste ano seu 60º aniversário, o Masp passa por crise financeira, com dívida perto dos R$ 10 milhões.
Nos últimos meses, o museu teve seu nome incluído na lista dos devedores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e, em razão da falta de pagamento, teve cortadas a energia elétrica e duas linhas telefônicas.


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