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Estudantes da Unicamp invadem diretoria acadêmica
Antes, grupo de cerca de cem alunos tentou entrar na reitoria da universidade
Tentativa de invasão interrompeu encontro entre reitores e Fórum das Seis, que reúne servidores e docentes das universidades
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Um grupo de pelo menos
cem alunos da Unicamp invadiu ontem no início da noite o
prédio da diretoria acadêmica
da universidade. Os estudantes
estão em greve desde o mês
passado.
Nessa diretoria são controlados os dados da vida acadêmica
dos estudantes, tais como preparação de aulas, calendário de
matrículas e emissão de certidões de conclusão de cursos.
Cerca de 60 funcionários trabalham no local. Eles já haviam
deixado o trabalho.
Antes de invadir a diretoria, o
mesmo grupo de estudantes, ligados ao DCE (Diretório Central Estudantil), tentou invadir
a reitoria da universidade, mas
as portas e as grades do local foram fechadas antes da ação. Segundo a assessoria de imprensa
da Unicamp, os seguranças da
universidade não reagiram e
ninguém ficou ferido.
Por causa dessa tentativa de
invasão, uma reunião que ocorria na reitoria -entre representantes do Cruesp (Conselho
dos Reitores das Universidades
do Estado de São Paulo) e do
Fórum das Seis (entidade que
integra os docentes e servidores das três universidades paulistas)- foi suspensa.
Em nota oficial, O Cruesp
condenou a invasão dos estudantes da Unicamp.
"O Cruesp lamenta informar
que a referida reunião foi suspensa em razão de nova tentativa de ocupação, por um grupo
de estudantes, do prédio da reitoria da Unicamp, onde os reitores e os representantes das
entidades estavam reunidos",
afirma um trecho da nota.
"O Cruesp condena mais esse
ato de violência praticado contra a universidade pública, sobretudo num momento em
que, através do diálogo democrático e construtivo, se buscava consolidar programas de
apoio fundamentais para os estudantes -em particular aqueles oriundos da escola pública-
e para a vida acadêmica das três
instituições."
Representantes do DCE da
Unicamp informaram ontem
que os alunos vão manter a paralisação das aulas e pretendem
continuar com os protestos.
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