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10% dos jovens conseguem sexo em sites
Ministério da Saúde vai usar sites de relacionamentos, como o Orkut, para disseminar informações sobre sexo seguro
Segundo pesquisa, menos da metade dos jovens se protegeu em todas as relações casuais em 2008, contra 58,4% em 2004
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A pesquisa do Ministério da
Saúde divulgada ontem mostrou que a internet desempenha um papel importante na vida sexual dos jovens.
Por meio dela, 10% dos entrevistados com idades entre 15
e 24 anos conheceram alguém
com quem, no último ano, praticaram sexo.
Para se aproximar desse público, o ministério deverá fazer
intervenções para disseminar
informações em alguns sites de
relacionamento.
Segundo o ministro José Gomes Temporão, serão usadas
até comunidades do Orkut. Ele
citou duas delas: "Sexo no primeiro encontro, sim!" e "Conheci meu namorado(a) na
net", com 243 e 611 participantes, respectivamente.
O estudante Gustavo Racy,
21, faz parte da geração de pessoas que marca encontros pela
internet. Ele conheceu a namorada, alemã, em um site de viajantes. Quando ela veio a São
Paulo, começaram a namorar.
O casal, diz, usa camisinha.
Escola
Além da influência da internet na vida sexual dos adolescentes, outra novidade da pesquisa do Ministério da Saúde é
a participação da escola no aspecto preventivo.
Foi no colégio que 16,5% dos
jovens que pegaram camisinhas de graça obtiveram o preservativo. O percentual só é
menor do que o de pessoas que
pegaram o preservativo em serviços de saúde (37,7%).
O trabalho mostrou ainda
que os jovens têm um alto nível
de informação sobre prevenção
e são os que mais utilizam preservativo. No entanto, o uso da
camisinha, frequente no primeiro encontro, diminui à medida que os relacionamentos
progridem.
Isso é um fator de preocupação, porque, além de terem começado a vida sexual mais cedo, eles têm mais parceiros
eventuais do que as pessoas das
outras faixas etárias e, o mais
grave, estão se prevenindo menos do que antes: menos da metade (49,5%) dos jovens se protegeu em todas as relações casuais em 2008, contra 58,4%
quatro anos antes.
Aids
Um dos fatores para essa
queda, como na população em
geral, pode ser a melhoria da
expectativa de vida dos pacientes com Aids.
"Eles [jovens] não viveram a
fase mais dura da epidemia",
diz Mariângela Simão, coordenadora do Programa Nacional
de DST e Aids (ligado ao Ministério da Saúde).
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