São Paulo, sexta-feira, 19 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Polícia apura estupro em condomínio do RJ

Três adolescentes de 17 anos são suspeitos de estuprar estudante de 19 anos em trilha de residencial na Barra da Tijuca

Exames apontaram "desvirginamento recente"; segundo o delegado que investiga o caso, isso não significa estupro


FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO

Uma adolescente de 19 anos afirma que foi estuprada após uma festa dentro do condomínio onde mora, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Três jovens de 17 anos, vizinhos da garota, são investigados.
A menina, que admitiu em depoimento estar embriagada, diz não saber ao certo qual dos três jovens cometeu o crime. Eles negam o estupro.
A menina conta que anteontem foi convidada para uma festa em uma área comum do condomínio, chamada Espaço Zen. Ao chegar ao local, às 18h, encontrou os três meninos e um outro rapaz, de 19 anos, ex-morador do prédio.
No depoimento, a menina conta ter bebido muito (a polícia achou uma garrafa de vodca e cinco latas de energético, vazias). Os cinco foram até a trilha ecológica no condomínio. Ali, conforme afirmou à polícia, ela trocou "beijos e carícias" com o rapaz de 19 anos.
Ainda segundo o depoimento dela, o rapaz deixou o local. Ela diz ter sido impedida pelos três adolescentes de ir embora. Dizendo se lembrar apenas de alguns "flashes", ela afirmou que, ao acordar após uma espécie de desmaio, percebeu o estupro.
Ela afirma que não conseguiu identificar quem a estuprou nem saber se os outros dois rapazes a violentaram.
Por volta das 20h, o pai da estudante saiu à sua procura. Segundo afirmou à polícia, ele notou vultos e, ao se aproximar, viu uma pessoa fugir. Achou a filha no chão, chorando, com a blusa e a bermuda parcialmente abertas. A filha, disse, estava "completamente fora de si".
O vigia do condomínio entregou ao pai objetos deixados no Espaço Zen -entre eles o celular de um dos adolescentes. Quando a mãe do rapaz ligou, o pai da menina atendeu e discutiu com a mulher -segundo ela, ele ameaçou matar o seu filho. A mãe do adolescente então chamou a polícia.

Versões
Um dos adolescentes negou o estupro, mas admitiu ter mantido relações sexuais com a garota. Ele, porém, disse que ela consentiu. O jovem diz que usou preservativo e que fugiu porque o pai da garota o teria ameaçado de morte.
Os demais adolescentes negam ter mantido relações com a menina e afirmam que ela foi espontaneamente para a trilha.
O quarto rapaz, que foi embora primeiro, não é suspeito.
Para o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, ainda não há elementos que comprovem crime. "Vou tomar novos depoimentos de todos os envolvidos e aguardar novos exames." Segundo ele, o exame que a menina fez no IML constatou "desvirginamento recente" e existência de sêmen na vagina, mas isso não prova estupro.


Texto Anterior: Amigos de rapaz morto após Parada Gay fazem ato hoje
Próximo Texto: Conjunto abriga 1.400 famílias e tem área pública
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.