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Polícia apura estupro em condomínio do RJ
Três adolescentes de 17 anos são suspeitos de estuprar estudante de 19 anos em trilha de residencial na Barra da Tijuca
Exames apontaram
"desvirginamento recente";
segundo o delegado
que investiga o caso,
isso não significa estupro
FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO
Uma adolescente de 19 anos
afirma que foi estuprada após
uma festa dentro do condomínio onde mora, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Três
jovens de 17 anos, vizinhos da
garota, são investigados.
A menina, que admitiu em
depoimento estar embriagada,
diz não saber ao certo qual dos
três jovens cometeu o crime.
Eles negam o estupro.
A menina conta que anteontem foi convidada para uma
festa em uma área comum do
condomínio, chamada Espaço
Zen. Ao chegar ao local, às 18h,
encontrou os três meninos e
um outro rapaz, de 19 anos, ex-morador do prédio.
No depoimento, a menina
conta ter bebido muito (a polícia achou uma garrafa de vodca
e cinco latas de energético, vazias). Os cinco foram até a trilha ecológica no condomínio.
Ali, conforme afirmou à polícia,
ela trocou "beijos e carícias"
com o rapaz de 19 anos.
Ainda segundo o depoimento
dela, o rapaz deixou o local. Ela
diz ter sido impedida pelos três
adolescentes de ir embora. Dizendo se lembrar apenas de alguns "flashes", ela afirmou que,
ao acordar após uma espécie de
desmaio, percebeu o estupro.
Ela afirma que não conseguiu
identificar quem a estuprou
nem saber se os outros dois rapazes a violentaram.
Por volta das 20h, o pai da estudante saiu à sua procura. Segundo afirmou à polícia, ele notou vultos e, ao se aproximar,
viu uma pessoa fugir. Achou a
filha no chão, chorando, com a
blusa e a bermuda parcialmente abertas. A filha, disse, estava
"completamente fora de si".
O vigia do condomínio entregou ao pai objetos deixados no
Espaço Zen -entre eles o celular de um dos adolescentes.
Quando a mãe do rapaz ligou, o
pai da menina atendeu e discutiu com a mulher -segundo
ela, ele ameaçou matar o seu filho. A mãe do adolescente então chamou a polícia.
Versões
Um dos adolescentes negou o
estupro, mas admitiu ter mantido relações sexuais com a garota. Ele, porém, disse que ela
consentiu. O jovem diz que
usou preservativo e que fugiu
porque o pai da garota o teria
ameaçado de morte.
Os demais adolescentes negam ter mantido relações com
a menina e afirmam que ela foi
espontaneamente para a trilha.
O quarto rapaz, que foi embora primeiro, não é suspeito.
Para o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, ainda
não há elementos que comprovem crime. "Vou tomar novos
depoimentos de todos os envolvidos e aguardar novos exames." Segundo ele, o exame que
a menina fez no IML constatou
"desvirginamento recente" e
existência de sêmen na vagina,
mas isso não prova estupro.
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