Integrantes das duas facções criminosas comandavam tráfico para Rio e São Paulo de dentro de presídio

DIANA BRITO
DO RIO

Operação da Polícia Federal anteontem no Rio para desmantelar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas cumpriu 13 mandados de prisão.
Cinco dos mandados foram entregues diretamente em prisões, onde os envolvidos já cumprem penas por outros delitos.
De acordo com a PF, as investigações comprovaram que há ligação entre as facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo, e CV (Comando Vermelho), do Rio.
A cúpula do grupo agia de dentro dos presídios, usando celulares e visitantes para articular a negociação de armas e drogas vindas de Capitán Bado, no Paraguai, e Coronel Sapucaia (MS), para Rio e São Paulo.
"Isso comprova a ligação entre PCC e CV", disse o chefe da Delearm (Delegacia de Repressão ao Tráfico Ilícito de Armas) da PF, Anderson de Andrade Bichara.
Entre os presos está Benedito Ramos, integrante do PCC e, segundo a polícia, o responsável pelo transporte de armas e drogas que vinham do Paraguai.
Ramos foi preso no aeroporto Tom Jobim (Galeão), no Rio, quando seguia para uma reunião em um restaurante. Em São Paulo, uma mulher conhecida como Solange Sombra, parente de Ramos, e Anderson Tibério também foram presos.
O delegado Enrico Zambrotti, da Delearm, afirmou que a investigação, iniciada em janeiro, apontou que a quadrilha faturava cerca de R$ 1 milhão por mês.


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