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VIOLÊNCIA
Advogado do corretor de ações Carlos de Carvalho, 27, afirma que a relação sexual com garota de 16 anos foi consensual
Brasileiro é acusado de estupro nos EUA
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK
Um brasileiro está sendo acusado nos Estados Unidos de estuprar uma menor de idade norte-americana que conheceu num bate-papo na internet. Em maio, outro brasileiro, o ex-garçom Saul
dos Reis Jr., foi preso sob acusação de matar acidentalmente uma
menina de 13 anos enquanto faziam sexo em um shopping.
Segundo a polícia local, o corretor de ações Carlos de Carvalho,
27, morador de Wallingford, em
Connecticut, teria conhecido uma
adolescente de 16 anos da cidade
de Monroe, vizinha à sua, em 31
de maio último. No dia seguinte,
ele teria sido convidado a ir até a
casa dela, quando os pais da garota não estariam no local. Então, os
dois tiveram relações sexuais e o
brasileiro foi embora.
É nesse ponto que começa a divergência na história. Segundo o
advogado do corretor de ações,
Robert Berke, o sexo foi consensual. A menina, no entanto, telefonou para a polícia depois de
meia hora, fez a queixa de estupro, e o brasileiro foi localizado
por seu telefone celular.
Carvalho mora nos EUA há dez
anos e foi libertado depois de pagar fiança de US$ 50 mil, segundo
seu advogado. O corretor está
sendo acusado de agressão sexual
em primeiro grau e, se for condenado, pode pegar até 20 anos de
prisão. Uma nova audiência está
marcada para a próxima terça-feira, em Connecticut.
Outro parceiro
É no mesmo Estado de Connecticut, que faz divisa com Nova
York, que o ex-garçom Saul dos
Reis Jr., 24, está preso. Ele está
sendo julgado sob acusação de ter
assassinado a menina Christina
Long, então com 13 anos, que
também havia conhecido em um
site, na noite de 17 de maio.
Ontem, segundo a reportagem
de capa do diário nova-iorquino
"Daily News", um segundo homem maior de idade de Connecticut, provavelmente brasileiro, admitiu que também teve relações
sexuais com Christina.
O homem prestou depoimento
ao FBI (a polícia federal norte-americana) no município de Danbury, onde morava Christina
Long e onde Saul dos Reis Jr. está
sendo julgado. Seu nome também
constava da lista de endereços eletrônicos encontrada no computador da menina, e a polícia também encontrou mensagens de
teor erótico trocadas por eles.
O morador de Bethel (Connecticut), de 22 anos, teve a identidade e a nacionalidade preservadas,
mas o jornal afirma que ele também fala português, utilizava um
apelido nas salas de bate-papo baseado em um modelo de carro
-como Reis também fazia- e
que fez sexo por duas vezes com
Christina, uma delas na casa onde
a menina morava.
O jornal teve acesso também às
mensagens que foram trocadas
entre a menor norte-americana e
o ex-garçom brasileiro preso. As
correspondências revelam um
parceiro inseguro e apaixonado
se comunicando com uma menina com surpreendente maturidade para sua idade.
O segundo homem, que não foi
preso, mas teve seu computador
confiscado, afirmou que Christina Long não demonstrou nenhuma tendência para sexo fora do
convencional -alegação que deve ser utilizada como base da defesa de Saul dos Reis Jr.
Seus advogados pretendem argumentar que a menina foi assassinada por acaso, depois de pedir
para ser asfixiada eroticamente
pelo brasileiro, enquanto os dois
faziam sexo no carro dele no estacionamento de um shopping.
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