DA REPORTAGEM LOCAL

Washington Farias Mendonça diz que foi maltratado por funcionários do Terminal Capelinha, na região de Capão Redondo, na zona sul de São Paulo. Ele diz que passou por uma cirurgia em um dos pés, precisou de ajuda para abrir um portão de acesso à plataforma, mas nenhum funcionário o ajudou.
"Desci no terminal e precisei atravessar para pegar um ônibus do outro lado da plataforma. Fiquei parado aguardando que algum funcionário me ajudasse a abrir o portão, mas ninguém se mexeu."
Ele disse que os funcionários só abriram o portão ao descerem alguns idosos. "Perguntei por que não tinham aberto para mim. Disseram que eu não era deficiente físico e que, se não tivesse a carteirinha de deficiente, não poderia passar por ali."
O usuário disse que se sentiu humilhado e desrespeitado. "É crime estar mancando e pedir para passar por um portão usado por deficientes? Fui embora destruído por dentro. Sinto-me em um país sem lei, em que discriminação não é crime", disse.

Resposta: A Coordenadoria de Comunicação SPTrans informou que houve um desentendimento quando o usuário pediu a abertura do portão de acesso à outra plataforma do Terminal Capelinha. A SPTrans afirmou que o funcionário pediu que o usuário aguardasse um pouco, mas ele teria ficado indignado e recusado a ajuda do funcionário. Depois, teria embarcado em um outro coletivo.


Texto Anterior: Gilberto Dimenstein: Doador de um olhar
Próximo Texto: Dono tem de pagar conta de inquilino
Índice