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Poluição no parque Ibirapuera não cai nos finais de semana
Quantidade de poeira aos domingos é maior do que em Cerqueira
César e quase igual à de São Caetano, que tem as piores médias
Quantidade de pessoas que
circulam no parque e pisam
na areia faz com que a
poeira depositada no chão
suba novamente para o ar
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Já sufocado pelo excesso de
ozônio, o parque Ibirapuera até
que registra índices de poeira
abaixo de outros pontos de São
Paulo, mas, ao contrário do que
ocorre na cidade, a situação
piora no fim de semana. E ainda mais aos domingos, quando
o parque fica mais cheio.
Para quem frequenta o parque, é difícil observar a diferença, a não ser aquela névoa, formada tanto por partículas grossas quanto finas, que parece cobrir o Ibirapuera.
Aos domingos, a quantidade
de poeira no ar do Ibirapuera
chega a ser maior do que em
Cerqueira César e quase igual à
de São Caetano, que vem tendo
as piores médias entre as estações monitoradas.
Apesar disso, a exemplo do
que ocorre com o restante da
região metropolitana, é mais
provável que quem vai ao Ibirapuera encontre um ar mais pesado às sextas-feiras.
A razão para essa inversão é a
quantidade de pessoas que circulam no parque e pisam em
áreas de areia. Isso faz com que
a poeira depositada no chão suba novamente para o ar.
Não é por isso, porém, que o
professor Helder Santos, 40, e a
comerciante Fabíola Otero, 39,
evitam o pisa-pisa dos fins de
semana. Ambos correm no Ibirapuera há pelo menos dois
anos, mas se recusam a aparecer por lá aos sábados e domingos. Dizem preferir as pistas vazias da USP. "O rendimento
não é afetado pela poluição,
mas pela corrida de obstáculos
que vira o Ibirapuera", dizem.
O representante comercial
Erick Marques Oliveira, 44,
corre cinco vezes por semana.
Rendimento aceitável para um
amador, diz ele, mas piorado
pelas condições do ar. "Faço
maratonas com altitude e umidade melhores do que os treinos mais puxados no parque."
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