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Big Brother da PM
Polícia Militar monitora 267 pontos da cidade com câmeras inteligentes, 24 horas por dia, para flagrar crimes
Fotos Rodrigo Capote/Folhapress
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Central de câmeras do Copom, que monitora 267 pontos em São Paulo; cerca de 50 placas de carros são verificadas por dia pelos policiais militares
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
O que uma pessoa que
passou pelo cruzamento das
avenidas Morumbi com a
Giovanni Gronchi (zona oeste de SP) tem em comum com
quem saiu da praça São Lucas, próximo à rua Deputado
Menezes Cortez (leste)?
Elas podem não saber,
mas ambas estão sendo monitoradas por uma das 267
câmeras da Polícia Militar espalhadas pela cidade.
O big brother a serviço da
segurança, como define o
chefe desse setor da PM, tenente Thiago Maniglia, começou a ser implantado há
dois anos e custou até hoje
cerca de R$ 15 milhões.
As câmeras alertam o Copom (Centro de Operações da
Polícia Militar) sobre a ocorrência de crimes.
Por exemplo: se um grupo
de pessoas sai correndo de
um banco em direção à rua,
como esse fato não é comum,
a PM programa a câmera para emitir um alerta visual para os operadores. Uma mensagem fica piscando no monitor e chama a atenção do
policial, que rotineiramente
fica olhando quase que ao
mesmo tempo para outras 11
ou 12 câmeras.
O PM, então, revê a gravação, em 360, e, se suspeitar
de que houve um crime, envia policiais para o local.
O equipamento também
pode ser programado para
acionar o alerta quando ocorrer luminosidade mais intensa que o normal, o que pode
indicar um disparo de arma
de fogo no local, por exemplo. Tudo depende do interesse da polícia.
REDUÇÃO
Diariamente, a PM registra
de cinco a dez ocorrências a
partir das câmeras inteligentes instaladas na cidade.
Logo que foram instaladas, em 2008, o número de
flagrantes era maior, quase
20 por dia. A queda, segundo
policiais, ocorreu porque,
agora, parte dos criminosos
sabem que ali há um monitoramento 24 horas por dia.
Segundo a polícia, a ideia
não é deixar as câmeras escondidas, mas usá-las para
prevenir crimes.
"Muito do que os nossos
policiais fazem está no policiamento preventivo. Checar
a placa de um carro faz parte
do policiamento. Se ele achar
um carro roubado ou furtado, já cumpriu o seu papel",
diz o porta-voz da PM na capital paulista, tenente Cleodato Moisés.
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