São Paulo, terça-feira, 19 de outubro de 2004

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DISCÓRDIA

Demolição gera protesto

Obra no Emílio Ribas põe médicos em pé de guerra

DA REPORTAGEM LOCAL

Médicos do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista, fizeram protesto ontem contra o início da demolição de parte da estrutura do hospital na última sexta-feira. Salas de vacina foram derrubadas, mas os funcionários mantêm uma vigília para que o mesmo não aconteça com um anfiteatro de 800 m2.
A demolição ocorre em razão da construção, pelo Estado, da entrada do Instituto Doutor Arnaldo, ao lado do Emílio Ribas, um esqueleto de concreto de 23 andares na zona oeste, cujas obras ficaram paradas por 12 anos.
O presidente da associação de médicos do Emílio Ribas, Carlos Frederico Dantas Anjos, diz que a demolição de partes do hospital foi feita repentinamente e que tem cunho eleitoreiro.
A associação divulgou o fato por meio do Sindicato dos Médicos, vinculado à CUT. Durante a campanha, a demora para a conclusão do edifício foi questionada pelos adversários do candidato do PSDB à prefeitura José Serra.
Anjos afirma que o local da intervenção iniciada na última sexta é estratégico, por ficar próximo à faixa que anuncia a retomada das obras, afixada neste ano.

Outro lado
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a construção foi reiniciada há um ano. O órgão franqueou as obras para visitas.
"Depois que nós terminamos hospitais em bairros que não tinham leito, não tinham cama, porque há uma má distribuição de leitos na cidade, vamos terminar o último. Só que, para terminar o Instituto Doutor Arnaldo, que já está em obras, você tem que mexer na entrada do Emílio Ribas", afirmou ontem o governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Vamos refazer a portaria, vamos refazer o anfiteatro", disse.
Ontem, após reunião na secretaria, não houve acordo e a associação decidiu manter a vigília. (FL)


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