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DISCÓRDIA
Demolição gera protesto
Obra no Emílio Ribas põe médicos em pé de guerra
DA REPORTAGEM LOCAL
Médicos do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital
paulista, fizeram protesto ontem
contra o início da demolição de
parte da estrutura do hospital na
última sexta-feira. Salas de vacina
foram derrubadas, mas os funcionários mantêm uma vigília para
que o mesmo não aconteça com
um anfiteatro de 800 m2.
A demolição ocorre em razão
da construção, pelo Estado, da entrada do Instituto Doutor Arnaldo, ao lado do Emílio Ribas, um
esqueleto de concreto de 23 andares na zona oeste, cujas obras ficaram paradas por 12 anos.
O presidente da associação de
médicos do Emílio Ribas, Carlos
Frederico Dantas Anjos, diz que a
demolição de partes do hospital
foi feita repentinamente e que
tem cunho eleitoreiro.
A associação divulgou o fato
por meio do Sindicato dos Médicos, vinculado à CUT. Durante a
campanha, a demora para a conclusão do edifício foi questionada
pelos adversários do candidato
do PSDB à prefeitura José Serra.
Anjos afirma que o local da intervenção iniciada na última sexta
é estratégico, por ficar próximo à
faixa que anuncia a retomada das
obras, afixada neste ano.
Outro lado
Segundo a Secretaria de Estado
da Saúde, a construção foi reiniciada há um ano. O órgão franqueou as obras para visitas.
"Depois que nós terminamos
hospitais em bairros que não tinham leito, não tinham cama,
porque há uma má distribuição
de leitos na cidade, vamos terminar o último. Só que, para terminar o Instituto Doutor Arnaldo,
que já está em obras, você tem que
mexer na entrada do Emílio Ribas", afirmou ontem o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
"Vamos refazer a portaria, vamos
refazer o anfiteatro", disse.
Ontem, após reunião na secretaria, não houve acordo e a associação decidiu manter a vigília.
(FL)
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