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Pai de Nayara diz estar aliviado, depois de ver a filha no hospital
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
Luciano Vieira da Silva, pai
da estudante Nayara Rodrigues
da Silva, afirmou ontem estar
aliviado depois de passar a madrugada no hospital ao lado da
filha, que levou um tiro na face
e na mão.
Vieira diz, porém, que a sensação era oposta na quinta-feira, quando a jovem decidiu voltar ao apartamento onde a amiga permanecia como refém do
ex-namorado.
A reclamação do pai é que a
polícia não fornecia nenhuma
informação sobre o estado da
filha. Nayara, que passou por
uma cirurgia para retirar o projétil do rosto, não corre risco de
morte e está na unidade de terapia semi-intensiva do Centro
Hospitalar do Município de
Santo André, na Grande SP.
A previsão é que ela vá para
um quarto nos próximos dias e
tenha alta médica quando puder ingerir alimentos sólidos. A
única preocupação dos médicos é com o risco de infecção
por causa da bala. Abaixo, a entrevista concedida por Silva à
Folha, por telefone.
FOLHA - O sr. já teve contato com
sua filha? Como foi?
LUCIANO VIEIRA DA SILVA - Estive
no hospital pela madrugada [de
ontem] e já até conversei com
ela. Graças a Deus, foi um alívio. Conversamos apenas sobre
a cirurgia, que correu tudo
bem. Ela estava tranqüila, mas
sedada. Por isso, não conseguia
falar normalmente.
FOLHA - O que o sr. achou do fato
de ela ter voltado ao apartamento,
para ajudar na negociação?
SILVA - Só gostaria de falar disso depois de conversar com ela
sobre o assunto. Por enquanto,
só falamos sobre a cirurgia.
FOLHA - O sr. teve problemas para
receber informações de sua filha
quando ela voltou ao apartamento
onde Eloá era feita refém?
SILVA - O problema foi anteontem [quinta-feira]. Fiquei o dia
todo na escola onde a polícia
montou sua base, procurando
informações. Ninguém me falava nada. Isso aumentava muito a nossa aflição.
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