São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2008

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Pai de Nayara diz estar aliviado, depois de ver a filha no hospital

FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL

Luciano Vieira da Silva, pai da estudante Nayara Rodrigues da Silva, afirmou ontem estar aliviado depois de passar a madrugada no hospital ao lado da filha, que levou um tiro na face e na mão.
Vieira diz, porém, que a sensação era oposta na quinta-feira, quando a jovem decidiu voltar ao apartamento onde a amiga permanecia como refém do ex-namorado. A reclamação do pai é que a polícia não fornecia nenhuma informação sobre o estado da filha. Nayara, que passou por uma cirurgia para retirar o projétil do rosto, não corre risco de morte e está na unidade de terapia semi-intensiva do Centro Hospitalar do Município de Santo André, na Grande SP.
A previsão é que ela vá para um quarto nos próximos dias e tenha alta médica quando puder ingerir alimentos sólidos. A única preocupação dos médicos é com o risco de infecção por causa da bala. Abaixo, a entrevista concedida por Silva à Folha, por telefone.

 

FOLHA - O sr. já teve contato com sua filha? Como foi?
LUCIANO VIEIRA DA SILVA
- Estive no hospital pela madrugada [de ontem] e já até conversei com ela. Graças a Deus, foi um alívio. Conversamos apenas sobre a cirurgia, que correu tudo bem. Ela estava tranqüila, mas sedada. Por isso, não conseguia falar normalmente.

FOLHA - O que o sr. achou do fato de ela ter voltado ao apartamento, para ajudar na negociação?
SILVA
- Só gostaria de falar disso depois de conversar com ela sobre o assunto. Por enquanto, só falamos sobre a cirurgia.

FOLHA - O sr. teve problemas para receber informações de sua filha quando ela voltou ao apartamento onde Eloá era feita refém?
SILVA
- O problema foi anteontem [quinta-feira]. Fiquei o dia todo na escola onde a polícia montou sua base, procurando informações. Ninguém me falava nada. Isso aumentava muito a nossa aflição.


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