São Paulo, quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

MURILO DE ANDRADE LIMA LISBOA (1953-2011)

As pinturas, os bares e os livros

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Os últimos dez anos da vida de Murilo de Andrade Lima Lisboa, que se formou em arqueologia, aventurou-se nas artes plásticas e teve bar, foram dedicados aos livros.
Ao lado da mulher, Paula, o recifense tocava a Beca, editora de obras científicas. Na capital de Pernambuco, Murilo morou até os 13 anos. A família se mudou para Santos por causa dos negócios do pai, químico e empresário.
Após passar dois anos no litoral paulista, transferiu-se para a capital do Estado. Nos anos 70, foi para a Europa. Estudou arqueologia e história da arte na Universidade de Toulouse-Le Mirail, na França. Também fez cursos de restauração na Polônia e de etruscologia (estudo da cultura etrusca) na Itália.
De volta em 1979, estabeleceu-se em Parati, no Rio, onde montou um ateliê. Pintava paisagens marinhas inspiradas no local onde vivia. Era descrito como um outsider, que não seguia correntes. Deixou de lado a pintura para ser dono de bar. No Bixiga, em São Paulo, teve o Snooker 138, uma casa de sinuca com paredes de vidro. Um filho seu segue na área.
Uma década atrás, assumiu a editora, antes pertencente aos pais se sua mulher. Era um homem alegre e brincalhão, como conta a família. Todas as terças e quintas, remava na USP e tinha como hobby restaurar barcos. Morreu na madrugada de quinta, aos 58 anos. Tinha um câncer de fígado, descoberto há pouco mais de dois meses. Deixa quatro filhos, de dois casamentos, e duas netas.
A missa do sétimo dia será realizada amanhã, às 11h, na igreja São José, na rua Dinamarca, 32, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Lei Antiálcool começa a punir venda de bebida a adolescentes em 30 dias
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.