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São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 2003

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SEGURANÇA

Estados e governo federal vão compartilhar informações sobre violência; governadores pedem mais recursos

Sem detalhes, gabinete integrado do Sudeste é criado

IURI DANTAS
LUCIANA CONSTANTINO

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, anunciou ontem a criação do Gabinete de Gestão Integrada da região Sudeste, que visa facilitar o intercâmbio entre as polícias de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Mas não detalhou quais serão os custos, a composição, o grau de informatização ou os dados que serão compartilhados.
"Não queremos suscitar esperanças excessivas. O Brasil não vai chegar ao paraíso porque montamos esse Gabinete de Gestão Integrada regional. Sabemos que é um primeiro passo, um ponto de partida", definiu o ministro.
A criação do GGI foi formalizada ontem em reunião entre Thomaz Bastos e os governadores Geraldo Alckmin (SP), Rosinha Matheus (RJ) e Aécio Neves (MG). Paulo Hartung (ES) enviou o vice, Wellington Coimbra. Os governadores deixaram a reunião avaliando a idéia como positiva, mas reclamaram de falta de recursos.
Para capacitação e compra de equipamentos, o ministério liberou ontem R$ 64,8 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública: R$ 30 milhões para São Paulo, R$ 19,7 milhões para o Rio, R$ 8 milhões para o Espírito Santo e R$ 7,1 milhões para Minas Gerais. São Paulo terá, ainda, R$ 2,5 milhões para comprar bloqueadores de celular para oito presídios.
Os quatro Estados já implantaram o gabinete local, base do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), que pretende, ao reunir as polícias Civil, Militar e Federal, fazer com que conheçam de antemão as investigações de cada uma. Com o gabinete regional, o governo federal espera que as informações sejam compartilhadas entre os Estados para "otimizar" o combate ao crime organizado.
Sem dar detalhes, o ministro disse que o gabinete regional terá membros de governos estaduais, polícias Federal e Rodoviária Federal de cada Estado e ministérios públicos Federal e estaduais.
Sobre as informações a serem compartilhadas, foi genérico: "Isso agora será um trabalho progressivo e acelerado de integração, de modo que a gente otimize resultados, aumente a eficácia e evite a duplicação de esforços".
Da União participam Paulo Lacerda, diretor-geral da PF, e, como coordenador, o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa. A próxima reunião não está marcada. Quando houver despesas, elas serão rateadas entre o ministério e o Estado.


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