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SEGURANÇA
Estados e governo federal vão compartilhar informações sobre violência; governadores pedem mais recursos
Sem detalhes, gabinete integrado do Sudeste é criado
IURI DANTAS
LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, anunciou ontem
a criação do Gabinete de Gestão
Integrada da região Sudeste, que
visa facilitar o intercâmbio entre
as polícias de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Mas não detalhou quais serão os custos, a composição, o
grau de informatização ou os dados que serão compartilhados.
"Não queremos suscitar esperanças excessivas. O Brasil não vai
chegar ao paraíso porque montamos esse Gabinete de Gestão Integrada regional. Sabemos que é
um primeiro passo, um ponto de
partida", definiu o ministro.
A criação do GGI foi formalizada ontem em reunião entre Thomaz Bastos e os governadores Geraldo Alckmin (SP), Rosinha Matheus (RJ) e Aécio Neves (MG).
Paulo Hartung (ES) enviou o vice,
Wellington Coimbra. Os governadores deixaram a reunião avaliando a idéia como positiva, mas
reclamaram de falta de recursos.
Para capacitação e compra de
equipamentos, o ministério liberou ontem R$ 64,8 milhões do
Fundo Nacional de Segurança Pública: R$ 30 milhões para São Paulo, R$ 19,7 milhões para o Rio, R$
8 milhões para o Espírito Santo e
R$ 7,1 milhões para Minas Gerais.
São Paulo terá, ainda, R$ 2,5 milhões para comprar bloqueadores
de celular para oito presídios.
Os quatro Estados já implantaram o gabinete local, base do Sistema Único de Segurança Pública
(Susp), que pretende, ao reunir as
polícias Civil, Militar e Federal, fazer com que conheçam de antemão as investigações de cada
uma. Com o gabinete regional, o
governo federal espera que as informações sejam compartilhadas
entre os Estados para "otimizar" o
combate ao crime organizado.
Sem dar detalhes, o ministro
disse que o gabinete regional terá
membros de governos estaduais,
polícias Federal e Rodoviária Federal de cada Estado e ministérios
públicos Federal e estaduais.
Sobre as informações a serem
compartilhadas, foi genérico: "Isso agora será um trabalho progressivo e acelerado de integração, de modo que a gente otimize
resultados, aumente a eficácia e
evite a duplicação de esforços".
Da União participam Paulo Lacerda, diretor-geral da PF, e, como coordenador, o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz
Fernando Corrêa. A próxima reunião não está marcada. Quando
houver despesas, elas serão rateadas entre o ministério e o Estado.
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