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Constantino Samartin, feito de plástico
WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Constantino Samartin foi
desses filhos de imigrantes
-espanhóis, da Galícia- que
queriam dar certo no outro
lado do Atlântico e não descansaram enquanto não viram nascer um império,
mesmo que pequeno.
Nascido em Taquaritinga
(SP) e radicado em Nova
Odessa desde 1954, foi comerciante e, em 1969, fundou uma empresa de plásticos, hoje tocada pelo filho e
prefeito de Odessa (SP).
Os filhos lembram da época em que foi guarda-livros
de fazenda, espécie de contador, tendo por isso virado leitor assíduo de jornais. Recortava matérias importantes,
especialmente de economia.
A família viveu em quase
dez cidades de São Paulo, de
acordo com a função do pai-
ora beneficiando arroz, ora
vendendo sacos usados.
E foram os sacos, dessa vez
novos, que finalmente dariam certo, quando Samartin
fundou o grupo hoje capitaneado pela Novaplast, maior
produtora de sacos em material sintético do Brasil.
Viúvo, teve quatro filhos,
oito netos e dois bisnetos.
Morreu no dia quatro no
hospital de insuficiência cardíaca, aos 96 anos.
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