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Base da PM no centro de SP é alvo de atentado
Tiros também atingiram um apartamento perto, mas ninguém se feriu; para a polícia, atirador só queria aparecer
AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma base comunitária móvel
da Polícia Militar que estava no
viaduto Jaceguai, na Bela Vista
(centro de São Paulo), foi atingida por dois tiros por volta das
5h20 de ontem. Outros três disparos foram feitos, segundo a
PM. Um deles atingiu um apartamento do 8º andar de um
prédio a cerca de 300 metros da
base policial, próximo à praça
Pérola Byington.
No momento do ataque, apenas um policial militar estava
dentro da base. Ele não foi atingido. No apartamento, ninguém ficou ferido também.
O policial que estava na base
no momento dos disparos relatou ao comando da PM que o
atirador estava em um carro
preto na Radial Leste e seguia
para a zona leste da cidade.
Uma testemunha, que ligou para a polícia, confirmou a informação e disse que uma pessoa
saiu da janela do carro em movimento e fez os disparos com
uma arma com cano longo.
"Suspeitamos que seja uma
carabina ou talvez um fuzil",
disse o comandante da PM na
região central, coronel Marcos
Roberto Chaves.
Susto
No apartamento 802 do edifício Olímpia, localizado a cerca
de 300 metros da base que sofreu o atentado, um projétil
quebrou um vidro da janela, furou a cortina e bateu na parede
da sala sem atingir ninguém.
"Eu estava dormindo no colchão no chão da sala e acordei
com uma coisa que caiu no meu
rosto. Era um pedaço da parede", disse a aposentada Nacesar
da Silva Souza, 85.
Moradora de Londrina (PR),
a aposentada está hospedada
na casa da filha para fazer um
tratamento médico. Ela disse
que ficou "bastante assustada"
com os disparos.
"Primeiro, eu achei que era
uma pedra, mas minha filha viu
a janela e disse que era tiro",
afirmou a aposentada.
Segundo Rafaela Dias, a diarista que trabalha no apartamento, por "sorte" os donos do
imóvel estavam dormindo no
momento em que o tiro atingiu
atingiu a parede da sala.
"Meu patrão costuma acordar cedo, por volta das 4h30,
mas hoje [ontem] ele decidiu ficar mais tempo na cama e não
veio para sala. Se tivesse vindo,
poderia ter sido baleado", relatou a diarista.
Segundo o coronel Chaves, os
disparos foram feitos por algum criminoso "que queria se
aparecer para seus amigos".
"Não acredito que seja retaliação ao trabalho de qualquer policial que trabalha na base."
A PM informou que o carro
usado pelo suspeito, um Polo,
era roubado. No veículo, havia
ao menos outras duas pessoas.
Até a conclusão dessa edição,
ninguém tinha sido preso.
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