São Paulo, quinta-feira, 19 de novembro de 2009

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Base da PM no centro de SP é alvo de atentado

Tiros também atingiram um apartamento perto, mas ninguém se feriu; para a polícia, atirador só queria aparecer

AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma base comunitária móvel da Polícia Militar que estava no viaduto Jaceguai, na Bela Vista (centro de São Paulo), foi atingida por dois tiros por volta das 5h20 de ontem. Outros três disparos foram feitos, segundo a PM. Um deles atingiu um apartamento do 8º andar de um prédio a cerca de 300 metros da base policial, próximo à praça Pérola Byington.
No momento do ataque, apenas um policial militar estava dentro da base. Ele não foi atingido. No apartamento, ninguém ficou ferido também.
O policial que estava na base no momento dos disparos relatou ao comando da PM que o atirador estava em um carro preto na Radial Leste e seguia para a zona leste da cidade. Uma testemunha, que ligou para a polícia, confirmou a informação e disse que uma pessoa saiu da janela do carro em movimento e fez os disparos com uma arma com cano longo.
"Suspeitamos que seja uma carabina ou talvez um fuzil", disse o comandante da PM na região central, coronel Marcos Roberto Chaves.

Susto
No apartamento 802 do edifício Olímpia, localizado a cerca de 300 metros da base que sofreu o atentado, um projétil quebrou um vidro da janela, furou a cortina e bateu na parede da sala sem atingir ninguém.
"Eu estava dormindo no colchão no chão da sala e acordei com uma coisa que caiu no meu rosto. Era um pedaço da parede", disse a aposentada Nacesar da Silva Souza, 85.
Moradora de Londrina (PR), a aposentada está hospedada na casa da filha para fazer um tratamento médico. Ela disse que ficou "bastante assustada" com os disparos.
"Primeiro, eu achei que era uma pedra, mas minha filha viu a janela e disse que era tiro", afirmou a aposentada.
Segundo Rafaela Dias, a diarista que trabalha no apartamento, por "sorte" os donos do imóvel estavam dormindo no momento em que o tiro atingiu atingiu a parede da sala.
"Meu patrão costuma acordar cedo, por volta das 4h30, mas hoje [ontem] ele decidiu ficar mais tempo na cama e não veio para sala. Se tivesse vindo, poderia ter sido baleado", relatou a diarista.
Segundo o coronel Chaves, os disparos foram feitos por algum criminoso "que queria se aparecer para seus amigos". "Não acredito que seja retaliação ao trabalho de qualquer policial que trabalha na base."
A PM informou que o carro usado pelo suspeito, um Polo, era roubado. No veículo, havia ao menos outras duas pessoas. Até a conclusão dessa edição, ninguém tinha sido preso.


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