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Happy hour à luz de velas anima quem estava na rua
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Enquanto marronzinhos
da CET apitavam freneticamente nos cruzamentos para
organizar o trânsito com semáforos desligados, o happy
hour rolava mais animado do
que nunca à luz de velas.
A falta de luz atrapalhou a
diversão? "Que nada, ficou
ótimo", se anima a bancária
Luciana Silva, entre três amigos em uma mesa no bar Ypê,
na rua Vergueiro, no Paraíso.
E ela ainda se empolga
com as possibilidades criadas pelo lusco-fusco inesperado: "Hoje eu vou pegar".
Quem percorria a rua podia ver os bares cheios, com
velas em castiçais improvisados em garrafas de cerveja.
Em frente ao Centro Universitário Belas Artes, na Vila
Mariana, alunos que não
souberam do cancelamento
das aulas noturnas a tempo,
curtiam uma dor de cotovelo.
É que bem em frente, na
Escola Superior de Propaganda e Marketing, a rotina
seguia alheia ao apagão na
cidade. "Eles têm um gerador
melhor", comentava-se no
grupo de estudantes de relações internacionais.
Bem na esquina da rua
Doutor Álvaro Alvim, onde ficam as faculdades, jovens do
curso de arquitetura, dispensadas da aula por causa da
falta de energia, curtem a iluminação improvisada, mas
reclamam da cerveja.
"É, tá meio quente. E não
vai dar para pagar com cartão". E quem é que está com
dinheiro para pagar a conta?
Os olhares recaem sobre uma
das estudantes, que diz já
sem o sorriso no rosto: "Disso
eu não estava sabendo".
Mas ela é salva às 20h10,
mais de duas horas após o
início do apagão. A luz voltou. A comemoração é geral.
Mas o dono do bar não parece tão feliz. "Agora vai todo
mundo embora".
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