São Paulo, sexta-feira, 19 de novembro de 2010

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Happy hour à luz de velas anima quem estava na rua

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Enquanto marronzinhos da CET apitavam freneticamente nos cruzamentos para organizar o trânsito com semáforos desligados, o happy hour rolava mais animado do que nunca à luz de velas.
A falta de luz atrapalhou a diversão? "Que nada, ficou ótimo", se anima a bancária Luciana Silva, entre três amigos em uma mesa no bar Ypê, na rua Vergueiro, no Paraíso.
E ela ainda se empolga com as possibilidades criadas pelo lusco-fusco inesperado: "Hoje eu vou pegar".
Quem percorria a rua podia ver os bares cheios, com velas em castiçais improvisados em garrafas de cerveja.
Em frente ao Centro Universitário Belas Artes, na Vila Mariana, alunos que não souberam do cancelamento das aulas noturnas a tempo, curtiam uma dor de cotovelo.
É que bem em frente, na Escola Superior de Propaganda e Marketing, a rotina seguia alheia ao apagão na cidade. "Eles têm um gerador melhor", comentava-se no grupo de estudantes de relações internacionais.
Bem na esquina da rua Doutor Álvaro Alvim, onde ficam as faculdades, jovens do curso de arquitetura, dispensadas da aula por causa da falta de energia, curtem a iluminação improvisada, mas reclamam da cerveja.
"É, tá meio quente. E não vai dar para pagar com cartão". E quem é que está com dinheiro para pagar a conta? Os olhares recaem sobre uma das estudantes, que diz já sem o sorriso no rosto: "Disso eu não estava sabendo".
Mas ela é salva às 20h10, mais de duas horas após o início do apagão. A luz voltou. A comemoração é geral. Mas o dono do bar não parece tão feliz. "Agora vai todo mundo embora".


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