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Educadores vêem prós e contras, mas ressaltam possibilidade de discriminação
DA REPORTAGEM LOCAL
Educadores consultados pela
reportagem viram argumentos
favoráveis e contrários à criação de turmas especiais. Todos,
porém, citaram o risco de discriminação aos alunos.
Eles ressaltaram que não conhecem o projeto a fundo -a
Secretaria da Educação afirma
que publicará as novas normas
nesta semana no Diário Oficial.
Professor da Faculdade de
Educação da USP, José Augusto Dias afirmou que "é louvável
se dar uma atenção especial aos
estudantes com mais dificuldades de aprendizagem".
Por outro lado, declarou
Dias, "há o problema da caracterização desses alunos como
repetentes. Poderá trazer impactos negativos, principalmente porque se trata de alunos pequenos".
O coordenador do programa
de pós-graduação em Educação
(área de currículo) da PUC-SP,
Antonio Chizzotti, afirmou que
a medida "é um esforço para
corrigir as dificuldades no ensino fundamental, em que os alunos avançam sem ter o conhecimento adequado".
"Mas os alunos nessas turmas também podem sofrer discriminação", disse Chizzotti.
Contrários
O presidente da Apeoesp
(sindicato dos professores),
Carlos Ramiro de Castro, disse
ser contrário à medida. "Precisa melhorar as condições no geral, recuperação para todas séries, o que não existe hoje."
Castro, que é suplente do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), afirmou também que "não
é recomendável homogeneizar
as turmas, umas só com os considerados anjinhos, outras só
com repetentes".
A presidente da Apaesp (associação de pais e alunos), Hebe Tolosa, disse que a medida
"dá impressão que você está
criando uma classe à parte, de
alunos menos capacitados",
disse ela, que foi secretária de
Educação na gestão do prefeito
Celso Pitta (97-00).
(FT)
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