São Paulo, quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

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Milionésima visitante ganha prêmios e "paga mico" no Museu da Língua Portuguesa

TEREZA NOVAES
DA REPORTAGEM LOCAL

Câmeras de TV, fotógrafos e repórteres estavam a postos na entrada do Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, centro de SP, ontem de manhã. A "celebridade" que os jornalistas esperavam era a milionésima pessoa a cruzar as catracas do lugar.
A procuradora do trabalho Anya Gadelha Diógenes, 38, só entendeu a movimentação quando foi informada de que era a visitante número 1 milhão. Ganhou livros de Gilberto Freyre (tema da exposição em cartaz), catálogos, além de entrada vitalícia.
Nada mais justo, levando-se em conta que ela não conseguiu aproveitar sua primeira visita. "Nós não vimos direito [o museu], porque ficamos respondendo às perguntas", explicou Isabel Gadelha, mãe da procuradora.
Resignada com o "prêmio", Anya (o nome apareceu em um sonho de seu pai) atendeu aos pedidos de fotos e entrevistas. "Pegaram a pessoa errada, ela é tímida, não gosta de flash", disse Isabel.
Cearense, Anya mora em São Luís (MA) e veio a São Paulo para passear com a mãe e os dois filhos.
Os meninos de 11 e 16 anos não se renderam à fama instantânea. "Vou deixar ela pagar o mico sozinha", disse Felipe, o mais velho, enquanto a mãe enfrentava as câmeras.
Os dois deixaram a confusão e trataram de conhecer a exposição com um monitor, evitando os jornalistas.
A família deixou o museu por volta das 14h, três horas depois de ter chegado.
"As crianças adoraram, estavam contando para a gente o que viram", disse Isabel, que atendeu o telefone de Anya no meio da tarde.
A procuradora não foi a primeira a ganhar homenagens por marcar um feito do museu. O visitante 100 mil e o 500 mil também receberam cortesias -nenhum deles vive em São Paulo.
A visitação média é de 1.400 pessoas por dia -aos sábados, com entrada franca, o público sobe para 3.000. Inaugurado há quase dois anos, o Museu da Língua Portuguesa sedia até 4 de maio de 2008 a mostra "Gilberto Freyre - Intérprete do Brasil". Guimarães Rosa e Clarice Lispector foram temas das duas exposições anteriores.


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