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Celso Lisboa e a construção do saber
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Se Celso de Souza Santos
Lisboa queria vencer na vida
-e queria muito, de fato
-ele conseguiu, ao fazer de
uma pequena escola privada
no Rio, em décadas, um grande centro universitário.
Carioca filho de um professor, Lisboa formou-se em
pedagogia. Tentou também
graduar-se como médico, fez
até quatro anos de medicina
-mas largou a possibilidade
para sustentar a mulher com
quem recém se casara.
Começou então na política, como vereador pela UDN
em 1951. Repetiria o cargo
outras três vezes seguidas,
pelo PTB. Chegou a presidir
a Assembléia do Rio em 1958
-tempos em que, diz a família, recebeu até o presidente
Juscelino Kubitscheck.
Mas veio o ano de 1964 e
ele "foi passado para trás pelos colegas da política". Desde então, "desgostoso com a
situação", resolveu ingressar
no mercado da educação.
Comprou uma pequena
escola, a Vera Cruz, expandindo-a como Colégio Atheneu Brasileiro. Os investimentos aumentaram e a escolinha virou uma faculdade
de pedagogia nos anos 1970
-que hoje se tornou o Centro Universitário Celso Lisboa, com dezenas de cursos.
Sempre de terno e gravata
ele trabalhava na faculdade
até 2001, quando o único filho morreu. Tinha cinco netos. Morreu por complicações do Alzheimer, no dia 8
no Rio. Tinha 90 anos.
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