São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

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Comportas de represas têm de ser abertas, e cidade fica alagada

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MÁRIO CAMPOS (MG)

Parte de Mário Campos (43 km de Belo Horizonte) amanheceu submersa. Casas, pontes, a estrada para Belo Horizonte, o estádio de futebol, a quadra poliesportiva: tudo estava debaixo d'água.
Isso ocorreu após a abertura de comportas de algumas das represas para dar vazão à grande quantidade de água dos rios que cortam a cidade.
Para piorar, a população foi dormir ontem assustada com o risco de que uma terceira comporta da represa da Lagoa da Petrobras pudesse ser aberta.
"Aí vai ser muito complicado. Vai ser igual a 1997", disse o cozinheiro Jeanderson Alves dos Santos, 28, que vigiava as águas do encontro dos rios Sarzedo e Paraopeba, que já beiravam o portão de sua casa.
Ele se referia à enchente de 11 anos atrás, quando quase toda a cidade ficou debaixo d'água.
Ontem, mesmo sem a abertura da terceira comporta, a situação era crítica, com 86 famílias desabrigadas por causa da enchente. Outras tiveram que sair de casas em morros.
O drama da maioria dos flagelados começou na manhã de anteontem, quando o rio Paraopeba transbordou. A prefeitura iniciou a retirada das pessoas das casas. À tarde, a PM avisou a população que comportas de represas seriam abertas. Ontem a prefeitura retirava mais pessoas de suas casas.
(PP)


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