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Comportas de represas têm de ser abertas, e cidade fica alagada
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MÁRIO CAMPOS (MG)
Parte de Mário Campos (43
km de Belo Horizonte) amanheceu submersa. Casas, pontes, a estrada para Belo Horizonte, o estádio de futebol, a
quadra poliesportiva: tudo estava debaixo d'água.
Isso ocorreu após a abertura
de comportas de algumas das
represas para dar vazão à grande quantidade de água dos rios
que cortam a cidade.
Para piorar, a população foi
dormir ontem assustada com o
risco de que uma terceira comporta da represa da Lagoa da
Petrobras pudesse ser aberta.
"Aí vai ser muito complicado.
Vai ser igual a 1997", disse o cozinheiro Jeanderson Alves dos
Santos, 28, que vigiava as águas
do encontro dos rios Sarzedo e
Paraopeba, que já beiravam o
portão de sua casa.
Ele se referia à enchente de 11
anos atrás, quando quase toda a
cidade ficou debaixo d'água.
Ontem, mesmo sem a abertura da terceira comporta, a situação era crítica, com 86 famílias desabrigadas por causa da
enchente. Outras tiveram que
sair de casas em morros.
O drama da maioria dos flagelados começou na manhã de
anteontem, quando o rio Paraopeba transbordou. A prefeitura iniciou a retirada das pessoas das casas. À tarde, a PM
avisou a população que comportas de represas seriam abertas. Ontem a prefeitura retirava
mais pessoas de suas casas.
(PP)
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