São Paulo, domingo, 19 de dezembro de 2010 |
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JOÃO BATISTA MICHELOTTO (1953-2010) Um médico fuçador de sebos ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO Tem de tudo na biblioteca do médico João Batista Michelotto, até livro do tipo "Aprenda a Jogar Tênis". Leitor entusiasmado, ele vivia atrás de obras raras e, graças à internet, pôde fuçar sebos por todo o país, tornando-se freguês de muitos deles. Quando ia presentear alguém, não havia dúvidas: era um livro que ele dava. Natural de Piracicaba (SP), Michelotto mudou-se para a capital a fim de estudar. Na Escola Paulista de Medicina, formou-se em 1979. Nessa época de estudante, conheceu a mulher, Suely, moça nascida em Cândido Rodrigues (SP), formada em geografia e que estava fazendo mestrado na cidade. Eram vizinhos no mesmo prédio. Anos depois, o médico também iria se especializar: o mestrado e o doutorado, na área de nefrologia, foram realizados na Unicamp. O casal se mudou para Uberlândia (MG) quando a mulher se tornou professora da universidade federal da cidade. Lá, Michelotto também deu aulas (de semiologia), na mesma instituição. Ultimamente, sua alegria era o neto, João Augusto, de um ano e dez meses. A família lamenta que o médico não tenha conseguido ver o garoto falar suas primeiras palavras, o que só veio a acontecer nos últimos dias. No ano passado, ele se afastou da universidade devido às sequelas de um AVC (acidente vascular cerebral). Morreu na terça-feira, aos 57 anos, em Uberlândia, após sofrer um infarto. Deixa viúva, dois filhos e um neto. Haverá uma missa do sétimo dia hoje, às 19h, na igreja São Francisco de Assis, na rua Borges Lagoa, em SP. coluna.obituario@uol.com.br Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Clínica antidroga é acusada de torturar pacientes em SP Índice | Comunicar Erros |
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