São Paulo, domingo, 19 de dezembro de 2010

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Cantareira é a porta de entrada para trilhas de SP

São cerca de 200 quilômetros em 40 trilhas espalhadas pelo Estado

As opções incluem caminhos que podem ser percorridos de olhos fechados e outros mais difíceis, para iniciados


EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

A subida, mesmo em dias de sol quente, é agradável, por uma estrada asfaltada, cercada de mata atlântica. Em um ritmo tranquilo, uma hora e pouco depois, lá está ela: a pedra grande.
De cima do mirante natural se tem uma vista inusitada da capital paulista. A poluição, porém, pode atrapalhar um pouco a visibilidade.
A trilha da Pedra de Grande, de quase 10 quilômetros de extensão, ida e volta, é uma das opções de ecoturismo que se tem em São Paulo.
Ela está dentro do parque Cantareira, na zona norte, e faz parte dos caminhos que constam do passaporte para trilheiros, feito pelo governo do Estado há dois anos.
"Comecei na Cantareira. Me apaixonei. Agora praticamente todo final de semana saio com os amigos para conhecer novos lugares", diz Mirtes Shiozaki Takahara.
Aos 49 anos, a trilheira é uma das três pessoas que acaba de completar todas as trilhas do passaporte oficial. Foram 40, aproximadamente 200 km, em dois anos.
Se os caminhos do parque da Cantareira são os primeiros passos para quem optar por curtir a natureza paulistana, as cavernas do Petar, na região Sul do Estado, é um dos grandes objetivos do trilheiro profissional.
"As paisagens de lá, com mata atlântica e cavernas, são as minhas preferidas", afirma Anna Carolina Lobo, gerente de Ecoturismo da secretaria do Meio Ambiente.

MAR À VISTA
As trilhas oficiais do Estado estão divididas em três níveis de dificuldade: baixo, médio e alto. Mesmo no terceiro grau, com um pouco de prática e preparo físico, a diversão é garantida.
"Na trilha do Baepi, em Ilhabela, são 7 km ida e volta. O problema é o terreno, bastante íngreme em quase todo trajeto", diz Takahara.
No destino final, a mais de mil metros do nível do mar, o ecoturista tem a vista de várias praias de Ilhabela.
A trilha do Corisco, no parque estadual da serra do Mar, em Ubatuba, é uma das mais compridas, com 20 km.
Se ao redor da capital existem trilhas curtas e fáceis, como a da Guarapiranga, que se faz literalmente de olhos fechados por 65 metros para que o visitante explore as sensações táteis, no litoral norte existe a opção dos caminhos subaquáticos.
Uma dessas trilhas pode ser feita na Ilha de Anchieta, tanto por quem mergulha com cilindro quanto por quem só usa o snorkel.
Por causa do desmatamento, que destruiu praticamente todo o Cerrado paulistano, quase todas as trilhas oficiais do Estado estão na mata atlântica. E, principalmente, na serra do Mar.


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