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Carrão de luxo também é usado na balada
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem só de sexo vive o mercado de aluguel de limusines. O
carrão também é muito usado
no transporte para a balada.
"Dividindo em quatro casais,
sai barato e vale a pena", diz
Eduardo Vitorino, meio corpo
para fora da limusine, em uma
noite de sexta-feira. Com a mulher e seis amigos, ele locou o
carro pela terceira vez para fazer um "esquenta severo" (preparação para a noitada, regada
a muito álcool) até a danceteria
Disco, na zona sul de São Paulo.
Garrafas vazias de uísque
chacoalhavam pelo chão acarpetado, enquanto o pagode no
último volume ecoava por
Moema. "Porque além de fazer
um esquenta de alto nível, você
chega pra impactar", diz ele, ao
parar em frente à boate.
De tão recente, o setor não
tem dados precisos. Segundo a
Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis, cerca de
5,9% dos carros locados no Brasil em 2006 foram "de luxo"
-de limusine a conversível.
A pequena Limo Service, na
zona oeste de São Paulo, tem tido tanta procura com sua única
limusine à disposição que já há
outras duas sendo preparadas
na oficina -devem estar rodando por aí ainda em 2008. "O casamento ainda ganha, mas as
festinhas serão o mercado
principal no futuro", diz o dono, Rogério Seawright.
"Quem não quer ir para uma
balada, com "american bar" e
"sonzeira", e parar na porta da
boate? É VIP ou não?", diz César Fabbri, dono da Rent a Car,
de Campinas, que recebe dezenas de solicitações por mês, da
"molecada querendo ir para a
balada na capital [paulista]".
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