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"Há de haver um propósito", afirmam, em nota, fundadores da igreja sobre a tragédia
DA REPORTAGEM LOCAL
O casal fundador da igreja
Renascer em Cristo, Estevam e
Sônia Hernandes, disse ontem,
por meio de nota, que o desabamento do teto do templo do
Cambuci "foi uma grande fatalidade". "Desconhecemos o
motivo. Mas há de haver um
propósito para tal sofrimento",
diz a nota enviada dos Estados
Unidos, onde os dois estão.
Segundo a assessoria de imprensa da Renascer, a leitura da
palavra "propósito" deve ser
"religiosa".
"Nosso coração está enlutado, sofrendo muito, pelas vidas,
pelas vítimas, pela situação, pela calamidade. Esperamos que
em Deus possamos ter o entendimento e o conforto desta
enorme tragédia", diz a nota.
A igreja Renascer afirma ter
arcado com as despesas decorrentes dos sepultamentos das
vítimas que morreram no desastre de anteontem.
Condenados pela Justiça
norte-americana em 2007 por
conspiração para contrabando
de dinheiro e contrabando de
dinheiro, o "apóstolo" Estevam
e a "bispa" Sônia cumprem liberdade vigiada nos Estados
Unidos até junho.
De acordo com a assessoria
de imprensa, Estevam e Sônia,
que na nota se dizem "absolutamente consternados, tristes e
pasmos com a tragédia", poderiam pedir autorização judicial
para visitar o Brasil por período
limitado, mas, por enquanto, a
possibilidade está descartada.
"Essa mensagem agora deve
trazer esperança e a confiança.
(...) Acima de tudo, oramos e
pedimos ao Espírito Santo que
console o coração de cada um",
diz a nota. "Temos que ser firmes, cada vez mais fortes, unidos, para superarmos."
Ao descartar a hipótese de
que o telhado do templo já
apresentasse problemas conhecidos pela direção da Renascer desde a semana passada,
a assessoria de imprensa da
igreja disse tratar-se de uma
suposição "sem lógica" e afirmou que dois netos do casal estavam a caminho do culto, mas
só não chegaram a tempo por
"coisa de dez minutos", por culpa do trânsito.
Troféu
A assessoria de imprensa da
Renascer informou ainda que o
troféu de melhor jogador do
mundo oferecido à igreja pelo
jogador Kaká, do Milan, não estava no templo quando houve o
desabamento. Segundo a assessoria, o troféu esteve em exibição no templo por três meses,
mas, agora, está em poder da família do jogador. Adepto da Renascer, Kaká ganhara o troféu
no final de 2007.
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