São Paulo, terça-feira, 20 de janeiro de 2009

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"Há de haver um propósito", afirmam, em nota, fundadores da igreja sobre a tragédia

DA REPORTAGEM LOCAL

O casal fundador da igreja Renascer em Cristo, Estevam e Sônia Hernandes, disse ontem, por meio de nota, que o desabamento do teto do templo do Cambuci "foi uma grande fatalidade". "Desconhecemos o motivo. Mas há de haver um propósito para tal sofrimento", diz a nota enviada dos Estados Unidos, onde os dois estão.
Segundo a assessoria de imprensa da Renascer, a leitura da palavra "propósito" deve ser "religiosa".
"Nosso coração está enlutado, sofrendo muito, pelas vidas, pelas vítimas, pela situação, pela calamidade. Esperamos que em Deus possamos ter o entendimento e o conforto desta enorme tragédia", diz a nota.
A igreja Renascer afirma ter arcado com as despesas decorrentes dos sepultamentos das vítimas que morreram no desastre de anteontem.
Condenados pela Justiça norte-americana em 2007 por conspiração para contrabando de dinheiro e contrabando de dinheiro, o "apóstolo" Estevam e a "bispa" Sônia cumprem liberdade vigiada nos Estados Unidos até junho.
De acordo com a assessoria de imprensa, Estevam e Sônia, que na nota se dizem "absolutamente consternados, tristes e pasmos com a tragédia", poderiam pedir autorização judicial para visitar o Brasil por período limitado, mas, por enquanto, a possibilidade está descartada.
"Essa mensagem agora deve trazer esperança e a confiança. (...) Acima de tudo, oramos e pedimos ao Espírito Santo que console o coração de cada um", diz a nota. "Temos que ser firmes, cada vez mais fortes, unidos, para superarmos."
Ao descartar a hipótese de que o telhado do templo já apresentasse problemas conhecidos pela direção da Renascer desde a semana passada, a assessoria de imprensa da igreja disse tratar-se de uma suposição "sem lógica" e afirmou que dois netos do casal estavam a caminho do culto, mas só não chegaram a tempo por "coisa de dez minutos", por culpa do trânsito.

Troféu
A assessoria de imprensa da Renascer informou ainda que o troféu de melhor jogador do mundo oferecido à igreja pelo jogador Kaká, do Milan, não estava no templo quando houve o desabamento. Segundo a assessoria, o troféu esteve em exibição no templo por três meses, mas, agora, está em poder da família do jogador. Adepto da Renascer, Kaká ganhara o troféu no final de 2007.


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