São Paulo, sábado, 20 de março de 2004

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POLÍCIA

Três homens são acusados de construir um site falso do Banco do Brasil na internet para desviar dinheiro de correntistas

Hackers são presos no CE por golpe bancário

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

A polícia do Ceará prendeu, ontem pela manhã, três homens acusados de construir um site falso do Banco do Brasil na internet para tentar aplicar golpes contra correntistas do banco que fazem movimentação bancária online.
Frederico Marques Almeida Lafiti, Alexandre Passos de Oliveira Melo e Frederico Eduardo de Melo Xerez foram presos em flagrante pela Delegacia de Defraudações, em Fortaleza.
Com eles, segundo a polícia, foram apreendidos dois computadores e R$ 2.000 em dinheiro.
Em depoimento à polícia, os três homens presos negaram ter cometido crime.
Segundo a polícia, os hackers enviavam mensagens a clientes do banco e informavam que, por problemas de segurança, o correntista teria de informar sua senha. A mensagem orientava a vítima a acessar um link para entrar na suposta página do banco.
Eles já teriam mandado cerca de 5.000 mensagens a clientes do banco. Segundo a polícia, o grupo tinha cerca de 1 milhão de endereços eletrônicos armazenados e já preparava uma outra página falsa, desta vez da Caixa Econômica Federal, também para fraudes.
A polícia não informou se o grupo tinha conseguido fazer saques pela internet nem qual teria sido o valor roubado.

Outro grupo
Nesta semana, outros dois hackers e um estelionatário foram presos pela polícia de São Paulo sob a mesma acusação: desviar dinheiro de correntistas do Banco do Brasil que acessavam a página da instituição na internet.
A base desse grupo ficava em Atibaia (60 km de SP). Eles utilizavam duas estratégias. A primeira era por meio de spams (mensagens não-solicitadas, geralmente de conteúdo comercial) com vírus. Os correntistas que abriam esses e-mails eram vítimas do golpe ao acessar a página do banco.
O vírus projetava um teclado virtual na tela do computador, onde os internautas digitavam os dados, que acabavam transmitidos a um site "pirata".
A segunda tática visava os correntistas que acessam a internet por meio de provedores sem proteção de segurança.
Ao acessar a página do banco, aparecia uma página falsa. Os dados digitados eram transmitidos para um site hospedado na Holanda. No final da operação, os correntistas recebiam uma mensagem de erro -e, desta vez, a página verdadeira aparecia.



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