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POLÍCIA
Três homens são acusados de construir um site falso do Banco do Brasil na internet para desviar dinheiro de correntistas
Hackers são presos no CE por golpe bancário
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
A polícia do Ceará prendeu, ontem pela manhã, três homens
acusados de construir um site falso do Banco do Brasil na internet
para tentar aplicar golpes contra
correntistas do banco que fazem
movimentação bancária online.
Frederico Marques Almeida Lafiti, Alexandre Passos de Oliveira
Melo e Frederico Eduardo de Melo Xerez foram presos em flagrante pela Delegacia de Defraudações, em Fortaleza.
Com eles, segundo a polícia, foram apreendidos dois computadores e R$ 2.000 em dinheiro.
Em depoimento à polícia, os
três homens presos negaram ter
cometido crime.
Segundo a polícia, os hackers
enviavam mensagens a clientes
do banco e informavam que, por
problemas de segurança, o correntista teria de informar sua senha. A mensagem orientava a vítima a acessar um link para entrar
na suposta página do banco.
Eles já teriam mandado cerca de
5.000 mensagens a clientes do
banco. Segundo a polícia, o grupo
tinha cerca de 1 milhão de endereços eletrônicos armazenados e já
preparava uma outra página falsa,
desta vez da Caixa Econômica Federal, também para fraudes.
A polícia não informou se o grupo tinha conseguido fazer saques
pela internet nem qual teria sido o
valor roubado.
Outro grupo
Nesta semana, outros dois hackers e um estelionatário foram
presos pela polícia de São Paulo
sob a mesma acusação: desviar dinheiro de correntistas do Banco
do Brasil que acessavam a página
da instituição na internet.
A base desse grupo ficava em
Atibaia (60 km de SP). Eles utilizavam duas estratégias. A primeira era por meio de spams (mensagens não-solicitadas, geralmente
de conteúdo comercial) com vírus. Os correntistas que abriam
esses e-mails eram vítimas do golpe ao acessar a página do banco.
O vírus projetava um teclado
virtual na tela do computador,
onde os internautas digitavam os
dados, que acabavam transmitidos a um site "pirata".
A segunda tática visava os correntistas que acessam a internet
por meio de provedores sem proteção de segurança.
Ao acessar a página do banco,
aparecia uma página falsa. Os dados digitados eram transmitidos
para um site hospedado na Holanda. No final da operação, os
correntistas recebiam uma mensagem de erro -e, desta vez, a página verdadeira aparecia.
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