DA SUCURSAL DO RIO

Três estudantes cariocas que embarcaram no navio MSC Musica durante um cruzeiro de Carnaval, em 21 de fevereiro, descobriram uma câmera escondida no banheiro da cabine.
Em vistoria na cabine vizinha, ocupada por três rapazes, foram achados aparelhos capazes de receber as imagens da câmera. Os rapazes foram expulsos.
As passageiras afirmam que a câmera foi achada no dia 23 e que avisaram o comando do navio no mesmo dia. Elas acusam a empresa de não tomar providências de imediato. A empresa MSC diz que só foi avisada no dia 26, quando então acionou a PF para a vistoria.
Segundo o advogado João Alberto Romeiro, contratado pelas cariocas para cobrar da MSC uma indenização por danos morais, no dia 23 uma faxineira encontrou a câmera, que havia se desprendido da parede do banheiro.
Ele diz que as passageiras denunciaram o caso ao comando do navio e que foi feita uma vistoria nas cabines vizinhas. Apesar de ter sido encontrado equipamento suspeito em uma delas, Romeiro diz que o comandante não tomou providências.
"As meninas continuaram convivendo com os rapazes, durante os eventos no interior do navio, o que gerava constrangimento para elas", afirma Romeiro.
Segundo a MSC, o comandante do navio tomou providências logo que foi informado sobre o caso. "Assim que a empresa tomou conhecimento sobre o ocorrido, no dia 26, informou as autoridades (Polícia Federal)", diz a empresa, em nota. "A MSC solicitou, inclusive, o desembarque dos possíveis envolvidos no caso."
Segundo a MSC, o caso está sendo apurado pela Polícia Federal em Maceió. A reportagem não conseguiu ouvir o órgão, ontem. (FÁBIO GRELLET)


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