São Paulo, domingo, 20 de março de 2011 |
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JORGE ANTÔNIO SIUFI (1932-2011) Advogado autor do hino de MS ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO Nos tempos de estudante de direto no Rio, na década de 50, sempre que pintava a chance Jorge Antônio Siufi ia até a Rádio Nacional soltar o gogó. O rapaz de Campo Grande era seresteiro, costumava cantar em praças e participar de grupos de teatro. Depois de se formar, porém, voltou a sua cidade e escolheu seguir a carreira jurídica. Foi promotor de Justiça, advogado por quase 50 anos, presidente da OAB-MT, procurador-geral na divisão do Estado, juiz federal eleitoral e defensor público da União. A música, assim como a literatura, ele sempre manteve como hobby. Publicou livros de crônicas e costumava escrever para jornais locais. Quando o Estado de Mato Grosso do Sul, criado por lei em 1977, precisou de um hino, Jorge foi até o Rio com o colega Otávio Gonçalves Gomes, a fim de escrever a letra para a melodia que o maestro Radamés Gnatalli oferecera. Em pouco dias, ficou pronta a música, cujo verso inicial diz: "Os celeiros de farturas/ Sob um céu de puro azul/ Reforjaram em Mato Grosso do Sul/ Uma gente audaz". Não era a primeira vez que ele escrevia música -já ganhara prêmios como compositor (e intérprete) em festivais. Membro da Academia Sul-mato-grossense de Letras, Jorge foi ainda professor de direito penal em sua cidade. Ultimamente, planejava a gravação de seu segundo CD, com guarânias e boleros. Teve de suspender o projeto por causa de um câncer, conta o filho Antônio Siufi Neto, procurador de Justiça do Estado. Ele morreu na segunda, aos 78, em decorrência da doença. Teve três filhos e dois netos. Deixa viúva. coluna.obituario@uol.com.br Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Juiz precisa "adaptar" lei por direito de gays, diz advogada Índice | Comunicar Erros |
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