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IPT libera obras em 8 frentes de trabalho da linha 4 do Metrô
Serviço estava parado desde 14 de fevereiro; liberação ocorreu após acordo entre o instituto, o Metrô e o consórcio Via Amarela
Expectativa é que as demais frentes de trabalho, com exceção da estação Pinheiros, possam ser retomadas em 15 dias
DA REPORTAGEM LOCAL
O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) anunciou ontem a liberação das oito primeiras frentes de trabalho da linha
4-amarela do Metrô de São
Paulo. As obras estavam paralisadas, total ou parcialmente,
em todas as 23 frentes desde o
dia 14 de fevereiro e podem ser
retomadas a partir de hoje.
Essa liberação ocorreu, porém, sem que o Consórcio Via
Amarela, responsável pela
obra, apresentasse integralmente um dos três itens exigidos: um sistema de gestão de
risco integrado.
Segundo o diretor de operações e negócios do IPT, Marcos
Tadeu Pereira, houve um acordo entre IPT, Metrô e consórcio para que a obra não precisasse continuar paralisada
"dois ou três meses".
Nesse mesmo prazo, de dois
ou três meses, intervalo que o
IPT chamou "período de transição", o consórcio deverá implantar esse sistema integrado
que terá uma lista de medidas a
serem adotadas. "Não houve
nada assim: "vamos relaxar".
Nada disso. Nós nunca fomos
pressionados nesse sentido",
disse Pereira, do IPT.
Sobre as outras exigências
-perfurações exploratórias de
sondagem e plano completo de
instrumentação- o IPT disse
que "essa parte está resolvida".
O engenheiro Fábio Gandolfo, do consórcio Via Amarela,
afirmou que é necessário esse
período para implantar o sistema integrado de segurança porque serão inclusas normas de
segurança utilizadas da área industrial na construção civil.
O secretário dos Transportes
Metropolitanos e presidente
interino do Metrô, José Luiz
Portella, afirmou que o trabalho de fiscalização, cobrado pelo IPT, será feito. "Nós vamos
seguir o que o IPT está recomendando. Se ele [consórcio]
não cumprir, não pode fazer."
A expectativa do Metrô é que,
em 15 dias, as outras frentes
também sejam liberadas -com
exceção da estação Pinheiros,
onde morreram sete pessoas
soterradas após abertura de
uma cratera na obra em 12 de
janeiro. Não há prazo para a liberação dessa obra.
Foram liberadas as obras nas
estações Três Poderes/Caxingui, Três Poderes/Butantã, estação Butantã, Cunha Gago, estação Fradique Coutinho, estação Faria Lima, estação República e poço de acesso Mackenzie da Estação Higienópolis.
(ROGÉRIO PAGNAN)
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