São Paulo, sexta-feira, 20 de abril de 2007

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IPT libera obras em 8 frentes de trabalho da linha 4 do Metrô

Serviço estava parado desde 14 de fevereiro; liberação ocorreu após acordo entre o instituto, o Metrô e o consórcio Via Amarela

Expectativa é que as demais frentes de trabalho, com exceção da estação Pinheiros, possam ser retomadas em 15 dias

DA REPORTAGEM LOCAL

O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) anunciou ontem a liberação das oito primeiras frentes de trabalho da linha 4-amarela do Metrô de São Paulo. As obras estavam paralisadas, total ou parcialmente, em todas as 23 frentes desde o dia 14 de fevereiro e podem ser retomadas a partir de hoje.
Essa liberação ocorreu, porém, sem que o Consórcio Via Amarela, responsável pela obra, apresentasse integralmente um dos três itens exigidos: um sistema de gestão de risco integrado.
Segundo o diretor de operações e negócios do IPT, Marcos Tadeu Pereira, houve um acordo entre IPT, Metrô e consórcio para que a obra não precisasse continuar paralisada "dois ou três meses".
Nesse mesmo prazo, de dois ou três meses, intervalo que o IPT chamou "período de transição", o consórcio deverá implantar esse sistema integrado que terá uma lista de medidas a serem adotadas. "Não houve nada assim: "vamos relaxar". Nada disso. Nós nunca fomos pressionados nesse sentido", disse Pereira, do IPT.
Sobre as outras exigências -perfurações exploratórias de sondagem e plano completo de instrumentação- o IPT disse que "essa parte está resolvida".
O engenheiro Fábio Gandolfo, do consórcio Via Amarela, afirmou que é necessário esse período para implantar o sistema integrado de segurança porque serão inclusas normas de segurança utilizadas da área industrial na construção civil.
O secretário dos Transportes Metropolitanos e presidente interino do Metrô, José Luiz Portella, afirmou que o trabalho de fiscalização, cobrado pelo IPT, será feito. "Nós vamos seguir o que o IPT está recomendando. Se ele [consórcio] não cumprir, não pode fazer."
A expectativa do Metrô é que, em 15 dias, as outras frentes também sejam liberadas -com exceção da estação Pinheiros, onde morreram sete pessoas soterradas após abertura de uma cratera na obra em 12 de janeiro. Não há prazo para a liberação dessa obra.
Foram liberadas as obras nas estações Três Poderes/Caxingui, Três Poderes/Butantã, estação Butantã, Cunha Gago, estação Fradique Coutinho, estação Faria Lima, estação República e poço de acesso Mackenzie da Estação Higienópolis.
(ROGÉRIO PAGNAN)


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