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Brasil tentar evitar morte de brasileiros presos na Indonésia
Instrutor de voo e surfista, detidos por tráfico de drogas, são os únicos cidadãos do Brasil no corredor da morte no mundo
Iniciativa do governo Lula foi acertada em reunião entre ministros da Justiça dos dois países em evento no sábado em Salvador
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo brasileiro pedirá
oficialmente à Indonésia a
substituição da pena de morte
por pena de prisão para dois
brasileiros condenados à punição capital no país asiático.
O compromisso foi acertado
no sábado entre os ministros da
Justiça dos dois países, Luiz
Paulo Barreto e Patrialis Akbar,
durante o 12º Congresso das
Nações Unidas de Prevenção ao
Crime e Justiça Criminal, encerrado ontem em Salvador.
O instrutor de voo Marco Archer Cardoso Moreira, 48, e o
surfista Rodrigo Gularte, 37,
são os dois únicos cidadãos brasileiros no corredor da morte
no mundo, ambos por tráfico
internacional de cocaína.
O pedido de troca da pena
ocorrerá via Itamaraty. Ao
mesmo tempo, instruído por
Akbar, o Brasil entrará com recurso na Justiça da Indonésia
para reverter a pena de ambos.
Trata-se de uma abertura do
governo indonésio, pois Archer
não tinha mais chances de reverter na Justiça a condenação.
Ele espera resposta ao segundo,
e último, pedido de clemência
feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao colega Susilo Bambang Yudhoyono.
O argumento do Brasil ao ministro indonésio foi o de que a
execução dos brasileiros afetaria seriamente a relação entre
os dois países, apurou a Folha.
Embora também no corredor da morte, Gularte tem uma
situação menos grave que a de
Marco Archer, detido em 2003
com 13,4 kg de cocaína. O caso
dele ainda está em fase de apelação. Gularte foi preso em
2004 ao tentar entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína.
"Acho excelente. Isso depende do Brasil e do Susilo [presidente da Indonésia]. O Lula
tem força, está com a bola
cheia", afirmou Archer anteontem à Folha, da prisão de Pasir
Putih, onde está preso.
Há 80 detentos no corredor
da morte na Indonésia. O país
pune o narcotráfico com morte
desde 2000. A execução ocorre
por meio de fuzilamento.
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