São Paulo, quinta-feira, 20 de maio de 2004

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MORTE EM PERDIZES

IC aponta que pé de Gil Rugai é compatível com marca em porta

Laudo sugere presença de filho em cena do crime

DA REPORTAGEM LOCAL

Um laudo do Instituto de Criminalística (IC) indica que o formato do pé direito de Gil Grecco Rugai, 21, é compatível com a marca deixada em uma das portas da casa na qual o pai do rapaz, Luiz Rugai, 40, e a mulher dele, Alessandra, 33, foram mortos em 28 de março, em Perdizes (zona oeste de São Paulo).
O laudo diz ainda que uma ressonância magnética constatou uma lesão na base de dois dedos do rapaz. A ferida seria compatível com o principal ponto de impacto do chute dado na porta.
Para a Polícia Civil, essa é, até agora, a principal prova técnica produzida contra Gil, preso preventivamente no CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém (zona leste de São Paulo) sob a acusação de ter cometido o crime.
Os advogados do rapaz não foram localizados pela Folha na noite de ontem. Em entrevistas anteriores, porém, eles afirmaram que o rapaz não esteve na casa na noite do crime nem participou dos assassinatos e questionaram a falta de provas técnicas no processo de acusação contra Gil.
A porta onde estava a pegada dá para a sala de vídeo da casa de Luiz Rugai e foi a única arrombada no crime. Os portões externos não foram violados e o cão da casa não latiu -na opinião da polícia, indícios de que o criminoso era um freqüentador do local.
Antes do laudo do IC, a principal prova existente contra Gil Rugai era o depoimento de um vigia da rua Traipu, para a qual a casa da fundos. Ele disse à polícia e ao Ministério Público que viu o rapaz deixar o local, com mais um homem, logo após os disparos.
Nas últimas duas semanas, a polícia ouviu 12 pessoas para identificar o comparsa. A defesa de Gil questiona o procedimento -o caso já está em fase de processo- e tenta barrar as oitivas. O argumento não foi aceito pela juíza Sílvia Maria Fachina Martinez, do 5º Tribunal do Júri, que ouvirá Gil amanhã. (SÍLVIA CORRÊA)


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