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MORTE EM PERDIZES
IC aponta que pé de Gil Rugai é compatível com marca em porta
Laudo sugere presença de filho em cena do crime
DA REPORTAGEM LOCAL
Um laudo do Instituto de Criminalística (IC) indica que o formato do pé direito de Gil Grecco
Rugai, 21, é compatível com a
marca deixada em uma das portas
da casa na qual o pai do rapaz,
Luiz Rugai, 40, e a mulher dele,
Alessandra, 33, foram mortos em
28 de março, em Perdizes (zona
oeste de São Paulo).
O laudo diz ainda que uma ressonância magnética constatou
uma lesão na base de dois dedos
do rapaz. A ferida seria compatível com o principal ponto de impacto do chute dado na porta.
Para a Polícia Civil, essa é, até
agora, a principal prova técnica
produzida contra Gil, preso preventivamente no CDP (Centro de
Detenção Provisória) do Belém
(zona leste de São Paulo) sob a
acusação de ter cometido o crime.
Os advogados do rapaz não foram localizados pela Folha na
noite de ontem. Em entrevistas
anteriores, porém, eles afirmaram
que o rapaz não esteve na casa na
noite do crime nem participou
dos assassinatos e questionaram a
falta de provas técnicas no processo de acusação contra Gil.
A porta onde estava a pegada dá
para a sala de vídeo da casa de
Luiz Rugai e foi a única arrombada no crime. Os portões externos
não foram violados e o cão da casa
não latiu -na opinião da polícia,
indícios de que o criminoso era
um freqüentador do local.
Antes do laudo do IC, a principal prova existente contra Gil Rugai era o depoimento de um vigia
da rua Traipu, para a qual a casa
da fundos. Ele disse à polícia e ao
Ministério Público que viu o rapaz deixar o local, com mais um
homem, logo após os disparos.
Nas últimas duas semanas, a
polícia ouviu 12 pessoas para
identificar o comparsa. A defesa
de Gil questiona o procedimento
-o caso já está em fase de processo- e tenta barrar as oitivas. O
argumento não foi aceito pela juíza Sílvia Maria Fachina Martinez,
do 5º Tribunal do Júri, que ouvirá
Gil amanhã.
(SÍLVIA CORRÊA)
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